Boletim de Estudos Clássicos
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<p>O<em> Boletim de Estudos Clássicos</em> é uma Publicação anual promovida pela <em>Associação Portuguesa de Estudos Clássicos</em> em colaboração com o <em>Instituto de Estudos Clássicos</em> da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e com o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, com sede na Universidade de Coimbra. O BEC assume como principal missão a investigação e a divulgação em Estudos Clássicos numa perspetiva de ensino e de aprendizagem dos mesmos em contexto pedagógico, para o ensino superior e não superior. O BEC visa promover o diálogo entre investigadores, especialistas, docentes, estudantes e amadores dos Estudos Clássicos, com especial foco no que se investiga em Estudos Clássicos (língua, cultura, literatura, pedagogia e didática, recepção), mas também no que se faz e acontece no mundo contemporâneo que reflita a relevância dos Estudos Clássicos para a compreensão da atualidade.</p>Imprensa da Universidade de Coimbrapt-PTBoletim de Estudos Clássicos0872-2110<p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p>Por que os clássicos perduram
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<p>Neste artigo, exploro por que os clássicos são designados como «clássicos» e por que continuam a perdurar. Defendo que os clássicos não são meras relíquias da antiguidade, mas expressões vivas da sabedoria humana que transcendem o tempo e a cultura. Embora enraizados nas tradições literárias, filosóficas e artísticas da Grécia e Roma antigas, os clássicos persistem porque contêm verdades universais sobre a condição humana. A relevância dos clássicos reside na sua capacidade de servir como padrões de vida — um <em>specimen vivendi</em>. Explico que a literatura e os filmes funcionam como canais contemporâneos para transmitir a sabedoria clássica, permitindo que as gerações seguintes encontrem verdades intemporais e oportunas em formas acessíveis. Portanto, a sua permanência depende do nosso compromisso em preservá-los, praticá-los e reinterpretá-los em diálogo com o presente.</p>Francisco Pantaleon
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69ENTRE A BELEZA E O COLAPSO
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<p>Este ensaio propõe uma releitura do romance O Idiota, de Fiódor Dostoiévski, à luz de uma ética da fragilidade. Recusando interpretações reducionistas que identificam o protagonista Míchkin como uma figura messiânica fracassada ou ingênua, argumenta-se que sua força está precisamente em sua vulnerabilidade. Dialogando com os pensamentos de Emmanuel Lévinas, Paul Ricoeur, Albert Camus e Georges Bataille, defende-se que Míchkin encarna uma estética da resistência sensível, cujas ações não derivam de um sistema de normas, mas de uma presença ética radical, marcada pela escuta, pela hesitação e pelo cuidado.</p>Lara Passini Vaz-Tostes
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69Curator pontium
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<p>Fornecem as inscrições honoríficas as mais relevantes informações acerca do complexo e bem organizado sistema político-administrativo romano, porque, ao mostrarem o currículo das personalidades homenageadas, nos dão conta, por vezes, de funções insuspeitadas. É o caso do <em>procurator pontium,</em> o cavaleiro incumbido de zelar pela segurança das pontes<em>. </em>A singela análise da inscrição CIL XI 5697 vai permitir-nos sugestiva incursão nesse domínio.</p>Jos´é d'Encarnação
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69“A quiconque lira ce manuscrit”
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<p>O estudo apresenta de modo breve e introdutório o Mémoire sur l'origine et les progrès des Pantomimes chez les anciens, a primeira obra de Silvestro Pinheiro Ferreira (1769-1846). Este ensaio de juventude sobre a pantomima clássica nunca foi publicado pelo autor e só chegou até nós através de um único testemunho, um manuscrito autógrafo que se conserva no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa. Esquecido até agora, trata-se de um texto no qual reconhecemos um estudo original e verdadeiramente arquetípico de Silvestre Pinheiro Ferreira.<br /><br /></p>Xavier van Binnebeke
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69Satyricon: a decadência de Roma através do espaço público da Graeca urbs
https://impactum-journals.uc.pt/bec/article/view/16074
<p>A crise dos paradigmas tradicionais constitui uma temática central no <em>Satyricon</em> de Petrónio, manifestando-se não apenas nas atitudes e comportamentos dos jovens, mas também nos valores de determinados grupos sociais.</p> <p>Partindo da <em>sapientia</em> de Vitrúvio, o presente estudo propõe-se a analisar essa crise à luz das referências à arquitetura e ao desenho urbano da <em>Graeca urbs</em>, com destaque para a escola de retórica, as ruelas e o fórum. Tentaremos igualmente aferir se Petrónio, através dessas matérias, terá satirizado a decadência de Roma, tecendo assim uma subtil crítica a algumas das ideias morais e políticas que alicerçavam a sociedade romana.</p>Pedro Manso
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