RevCEDOUA https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua <p>A Revista do Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, Urbanismo e Ambiente (RevCEDOUA) é uma publicação científica com revisão por pares, especializada na investigação avançada sobre questões de direito do ordenamento do território, do urbanismo e do ambiente. O seu objetivo é contribuir para a identificação e a proposta de soluções para problemas sociais e jurídicos nestes domínios, promovendo, assim, a expansão das fronteiras do conhecimento. Publicada anualmente em acesso aberto e pautada pelos princípios da imparcialidade e do rigor científico-jurídico, a RevCEDOUA divulga trabalhos assinados por investigadores especializados nas áreas do ordenamento, do urbanismo e do ambiente.</p> <p> </p> <p>“<em>A materialização do direito do ordenamento, do urbanismo e do ambiente obriga-nos a torná-lo legível e aplicável. Por isso, a doutrina não dispensa a jurisprudência e esta está atenta aos dossiers da vida. Veremos se os nossos exercícios nos ensinarão alguma coisa sobre o mundo em que vivemos.”</em></p> <p>José Joaquim Gomes Canotilho (janeiro de 1998)</p> Imprensa da Universidade de Coimbra pt-PT RevCEDOUA 2182-2387 <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> Notas sobre o atual regime da indemnização por “expropriação do plano” https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16143 <p>O presente artigo pretende analisar o regime previsto no art.º 171.º do RJIGT, em especial as várias hipóteses de indemnização e compensação aí estabelecidas.</p> Nuno Cerdeira Ribeiro Direitos de Autor (c) 2025 Nuno Cerdeira Ribeiro http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 09 27 10.14195/2182-2387_50_1 Avaliação de Impacte Ambiental https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16154 <p>No presente artigo, analisa-se, do ponto de vista da prática judiciária, a questão da impugnabilidade da declaração de impacte ambiental, bem como, resolvida esta questão no sentido de que esta declaração éum acto administrativo impugnável, as consequências da impugnabilidade desse acto.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> <p>Analisa-se, ainda, a questão do controlo judicial dos actos praticados no procedimento de avaliação de impacte ambiental, tendo em consideração a margem de discricionariedade administrativa nesta matéria.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Ilda Côco Direitos de Autor (c) 2025 Ilda Côco http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 29 44 10.14195/2182-2387_50_2 Contributo para uma Reflexão Crítica sobre a Evolução dos Benefícios Fiscais à Reabilitação Urbana (e de edifícios), em Sede de IMI e IMT https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16155 <p>A degradação física do património imobiliário (designadamente dos centros históricos das cidades) e a <em>deficiente </em>ocupação edificatória do território consubstanciam a <em>pedra angular </em>da <em>construção </em>de um “urbanismo de reabilitação urbana” determinado a requalificar e revitalizar o tecido urbano degradado, através de um conjunto de alterações nos diversos quadros legislativos e regulamentares.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> <p>No seio da desafiante e exigente <em>empreitada </em>de articular o dever de reabilitar que impende sobre os privados com o dever de promoção da reabilitação urbana que interpela o Estado, têm vindo a ser consagradas (e, sucessivamente, <em>acomodadas</em>), com relevância para o objeto da investigação que nos ocupa, um conjunto de isenções em sede de impostos sobre o património, que pretendem potenciar o investimento privado na conservação e reabilitação do edificado existente, num tempo onde o direito à habitação e ao planeamento urbano assumem especial preponderância.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Ana Luísa Paiva Direitos de Autor (c) 2025 Ana Luísa Paiva http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 45 90 10.14195/2182-2387_50_3 Defesa da Regularização Fundiária em um Cenário de Múltiplos Riscos: o caso do assentamento informal urbano 'Ocupação em Busca de Uma Moradia' https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16156 <p>O artigo explora a relação entre o planejamento urbano e os riscos de desastres em assentamentos urbanos informais, analisando vulnerabilidades físicas, sociais, econômicas e ambientais, bem como as capacidades de resposta da comunidade. Apresenta a experiência de um projeto de assessoria técnica financiado pelo CAU/BR na “Ocupação Em Busca de Uma Moradia” (OEBUM) em São Carlos, SP. Apesar da precariedade fundiária e das desafiadoras condições urbano-ambientais nesse território, estratégias autogeridas são empregadas para mitigar riscos e avançar na garantia do direito à moradia adequada. Embora essas iniciativas sejam fundamentais, não podem ser o único meio de enfrentamento dos riscos; o poder público deve fortalecer essas ações e suprir lacunas na prevenção de desastres e na promoção de direitos fundamentais. Argumentamos que a regularização fundiária pode atuar como uma ferramenta técnico-política para aumentar a segurança jurídica, fomentar um debate técnico mais democrático e incentivar a participação popular. Por fim, avaliamos o potencial da assessoria técnica para habitação de interesse social (ATHIS) na contribuição para a Redução de Riscos de Desastres, abordando vulnerabilidades e fortalecendo a resiliência comunitária. A defesa de uma regularização fundiária abrangente, nesse contexto, apoia uma abordagem integrada e participativa voltada para impulsionar transformações materiais nesses territórios.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Danielle Rosim Ana Santos Thiago Scatena D. Baptista Direitos de Autor (c) 2025 Danielle Rosim, Ana Santos, Thiago Scatena, D. Baptista http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 91 111 10.14195/2182-2387_50_4 Panorama quantitativo e descritivo da atuação do Ministério Público do Estado de São Paulo na proteção ambiental em São Carlos (2016-2023) https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16157 <p>Quantificar e descrever a atuação do Ministério Público em questões ambientais éfundamental, dada a amplitude de suas competências e a discricionariedade em sua atuação. Esta pesquisa, de natureza aplicada, exploratória e descritiva, adota um método quantitativo de investigação, com levantamento bibliográfico e documental, para traçar um panorama da atuação do Ministério Público do Estado de São Paulo na proteção ambiental, com foco no município de São Carlos, no período de 2016 a 2023. Os dados analisados referem-se aos procedimentos instaurados pela Promotoria de Justiça de São Carlos, e foram processados utilizando a linguagem de programação Python, empregando técnicas de estatística descritiva para análise exploratória. Evidencia-se, neste estudo, a relevância da atuação constitucional do Ministério Público na defesa dos interesses difusos e coletivos, e do Inquérito Civil como o instrumento de excelência de sua atuação. Além disso, observa-se a proeminência da categoria “Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural”, bem como a manutenção histórica da categoria “Flora” como enfoques principais do órgão na proteção ambiental.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Isabel Cristina Nunes de Sousa Carolina de Albuquerque Maria Carolina Chaves de Sousa Celso Maran de Oliveira Direitos de Autor (c) 2025 Isabel Cristina Nunes de Sousa, Carolina de Albuquerque, Maria Carolina Chaves de Sousa, Celso Maran de Oliveira http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 113 131 10.14195/2182-2387_50_5 A Extrafiscalidade para promoção do Desenvolvimento Sustentável: Reflexões sobre a Criação do ICMS Ecológico no Estado do Amazonas https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16158 <p>Este artigo examina a evolução das relações entre sociedade e meio ambiente, enfatizando os imperativos éticos do desenvolvimento sustentável conforme delineados no Relatório Brundtland e na Constituição Brasileira de 1988. Explora o paradigma jurídico ecológico antropocêntrico predominante e sua integração ao princípio da dignidade humana. Destacando a extrafiscalidade da tributação, especificamente o ICMS Ecológico, o artigo argumenta a favor de sua adoção na região amazônica. Ao incentivar a conservação ambiental e redistribuir recursos para promover práticas sustentáveis, o ICMS Ecológico pode efetivamente enfrentar a degradação ambiental enquanto promove o desenvolvimento socioeconômico e reduz as desigualdades regionais.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Clarindo José Lúcio Gomes Junior Mônica Nazaré Picanço Dias Giulia Parola Direitos de Autor (c) 2025 Clarindo José Lúcio Gomes Junior, Mônica Nazaré Picanço Dias, Giulia Parola http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 133 150 10.14195/2182-2387_50_6 Correlacionando as Práticas ESG com os Direitos Humanos Trabalhistas https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16159 <p>Investir em práticas ESG estabelecendo uma agenda e metas próprias tem sido algo fundamental para as empresas nos dias atuais, independentemente do porte. O conceito ESG éusado para descrever o quanto uma companhia busca maneiras de minimizar seus impactos no meio ambiente, e o quanto ela se preocupa com as pessoas em seu entorno e adota bons processos administrativos. éum investimento com foco no meio ambiente, social e governança da empresa. Este artigo tem como escopo demonstrar como as estratégias de ESG das empresas se relacionam com os direitos humanos do indivíduo trabalhador, em especial, com o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. O método utilizado foi o de revisão de literatura, com a coleta e análise de informações de diversas fontes relevantes. Os resultados obtidos indicam que os investimentos ESG consideram fatores ambientais, sociais e de governança para avaliar riscos e oportunidades de investimento. As empresas que implementam práticas ESG obtêm benefícios como um ambiente de qualidade crescente, uma melhor reputação, mais investidores, funcionários satisfeitos e finanças de desempenho. Pensando na agenda ESG e as relações de trabalho nas empresas, o S (Social) e o G (Governança) tem se evidenciado quando se fala em implementar e garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultados, por meio da eliminação de políticas e práticas discriminatórias e da promoção de legislação, políticas e ações adequadas a este respeito, além da saúde ocupacional e programas de bem-estar. A segurança e saúde do trabalho têm impacto em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), da ONU, que, por sua vez, são base do ESG e sintetizam os desafios sociais, ambientais e de governança que o planeta enfrenta.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Drielli Serapião Afonso Wanise Cabral Silva Direitos de Autor (c) 2025 Drielli Serapião Afonso, Wanise Cabral Silva http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 151 177 10.14195/2182-2387_50_7 Transição Justa: o papel da Aliança Internacional de Catadores nas negociações do Tratado Global de Plásticos https://impactum-journals.uc.pt/index.php/revcedoua/article/view/16160 <p>O artigo explora o papel de ativismo ambiental da Aliança Internacional de Catadores (IAWP) nas negociações do Tratado Global de Plásticos, destacando suas demandas por uma transição justa e por compensação adequada aos(às) catadores(as) de materiais recicláveis. A partir de uma perspectiva materialista histórico-dialética, busca-se evidenciar as dinâmicas de exploração da força de trabalho desses(as) trabalhadores(as) e a mercantilização das externalidades ambientais. Argumenta-se que a inclusão desses(as) trabalhadores(as) em sistemas de Responsabilidade Estendida do Produtor (REP) tende a reforçar a lógica de reprodução ampliada do capital, ao criar um novo mercado de “ativos ambientais” negociáveis, lastreados na exploração do trabalho da <em>catação</em>. O artigo conclui que a organização coletiva de classe dos(as) catadores(as) éfundamental, considerando-os como trabalhadores(as) e não como “empreendedores(as)” ou “donos de negócios”. Destaca-se, ainda, a importância da luta que esses(as) trabalhadores(as) estão travando, internacionalmente, por melhores condições de trabalho e remuneração, defendendo que essa mobilização deve estar vinculada a transformações estruturais que busquem superar a lógica destrutiva da produção capitalista.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Leila Gionava Izidoro Direitos de Autor (c) 2025 Leila Gionava Izidoro http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-28 2024-01-28 50 179 196 10.14195/2182-2387_50_8