Psychologica https://impactum-journals.uc.pt/psychologica <p>A PSYCHOLOGICA é uma revista com revisão por pares e uma publicação oficial da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. A PSYCHOLOGICA existe desde 1988 e em 2012 foi re-fundada, passando a publicar artigos científicos, em Inglês e Português, avaliados entre pares.</p> <p>Esta revista visa divulgar o trabalho científico nacional e estrangeiro realizado nas diversas áreas da Psicologia, seguindo os mais altos padrões científicos. Pretende, igualmente, ser um espaço para a troca de ideias, problemas e experiências, decorrentes da teoria e da prática do desenvolvimento humano, social e cultural.</p> Imprensa da Universidade de Coimbra pt-PT Psychologica 0871-4657 <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a>&nbsp;que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> Examining the Effects of Perspective Taking, Taking Revenge, and Distraction on State Anger Using the Autobiographical Essay Memory Task https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/14431 <p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Anger is a fundamental emotion that reports to many negative outcomes. It is predictive of verbal and physical aggression, and has been identified as a risk factor for criminal recidivism. Importantly, anger and revenge are closely related to one another, and thoughts of revenge were more likely to be endorsed by participants who were angry and physically aggressed than those who were angry and did not physically aggress. As such, it is important to examine effective approaches to increase state anger (ie, the AEMT) in order to identify effective approaches to decrease state anger in vengeful episodes. Using a mixed design, 107 undergraduate participants ( </span></span><em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">M </span></span><sub><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">age</span></span></sub></em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> = 19.13, </span></span><em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">SD</span></span></em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> = 1.04) who predominately identified as females ( </span></span><em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">N</span></span></em><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> = 64) and Caucasian (70%) were randomly assigned to one of three conditions: perspective taking, taking revenge via a voodoo doll (catharsis hypothesis), and control (ie, distraction). Participants were asked to complete the autobiographical emotional memory task (AEMT) and reflect on a time they were angry and wanted revenge. A repeated measures ANOVA showed a significant main effect of time on state anger. Participants reported increased state anger as a result of the AEMT (manipulation check) compared to baseline, and reported decreased state anger in the taking revenge and control (distraction) conditions post-intervention, but not in the perspective taking condition. Implications are discussed, including how the AEMT can be effective in increasing state anger, how distraction can be an effective intervention, adding to the research on the catharsis hypothesis, and how to improve research on perspective taking.</span></span></p> Thomas DiBlasi Direitos de Autor (c) 67 Makeup A Compliance Among Young Women? A Systematic Analysis https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/16241 <p>This systematic literature analysis explores the significance of makeup usage and compliance among young women, examining key factors such as self-presentation, peer pressure, self-confidence, mood enhancement, and self-expression. Historically, societal norms often dictated women's makeup use, tying appearance to their worth. The study investigates whether, in the 21st century, young women apply makeup based on personal preference or external pressures, as was common in past eras. The need for this analysis arises from the importance of determining if makeup usage today reflects a personal choice or remains influenced by societal standards. This awareness is crucial in promoting makeup as a form of self-expression rather than a measure of a woman’s worth. The review finds that most young women use makeup to enhance their features, express individuality, and boost self-confidence, not to conform to societal expectations. Additionally, makeup has been shown to positively affect mood and self-esteem by minimizing perceived flaws and providing a sense of security. The shift from frequent visits to beauty parlour towards more convenient at-home services reflects changing priorities post-pandemic. However, concerns persist about makeup reinforcing unrealistic beauty standards and fostering external validation dependence. Despite this, young women increasingly embrace their natural beauty, applying makeup by choice rather than societal pressures. Future research should investigate makeup’s role both as a tool for self-expression and as a possible perpetuator of unattainable beauty ideals.</p> Rashmi Rangaswamy Direitos de Autor (c) 67 Prevenção da Retenção Escolar em Ecossistemas de Proteção à Aprendizagem e Inclusão: Revisão da Literatura https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/16236 <p>O artigo problematiza a persistência da retenção escolar como uma resposta educativa tradicional, mas essencialmente ineficaz, que continua a ser aplicada em Portugal, apesar da vasta evidência empírica que demonstra os seus efeitos negativos. A repetição de ano não contribui para a melhoria das aprendizagens; pelo contrário, parece agravar o risco de abandono escolar precoce, afetar negativamente a autoestima dos alunos e reproduzir as desigualdades sociais de partida. Sustenta-se que esta prática resulta frequentemente de dificuldades progressivas e cumulativas ao longo do percurso escolar, quando não detetadas ou acompanhadas atempadamente. Advoga-se, neste artigo, a necessidade de uma mudança de paradigma, de uma lógica reativa e remediativa para uma abordagem preventiva, holística e sistémica, capaz de sinalizar precocemente o risco, agir de forma célere e eficaz, e adaptar respostas multidisciplinares de apoio à aprendizagem e inclusão às necessidades reais dos alunos. Esta abordagem requer o desenvolvimento de mecanismos de triagem e monitorização contínua, sustentados em dados pedagógicos, comportamentais e psicossociais, bem como uma avaliação sistemática do impacto das intervenções, apoiadas por soluções digitais inovadoras e pelo desenvolvimento de uma cultura escolar baseada em dados. Propõe-se a consolidação de ecossistemas educativos locais, articulados entre escolas, famílias, técnicos especializados, municípios e comunidade, sugerindo a criação de uma nova ecologia da aprendizagem, baseada na cooperação interinstitucional e intersetorial. Destaca, ainda, o papel fundamental das equipas multidisciplinares, da formação contínua dos docentes e da criação de planos educativos personalizados como ferramentas-chave para promover a inclusão. Por fim, são indicadas várias estratégias práticas para prevenir o insucesso e a retenção escolar, destacando a diferenciação pedagógica, o reforço do apoio tutorial, o envolvimento ativo das famílias e a promoção de ambientes educativos emocionalmente seguros e inclusivos. O texto conclui com um apelo à substituição da cultura de retenção pelo acompanhamento, responsabilidade partilhada e práticas pedagógicas humanizadas, com o objetivo de garantir o direito de todos os alunos a aprender e ter sucesso.</p> Pedro Miguel Cordeiro Direitos de Autor (c) 67 Falsas memórias e psicopatologia https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/16166 <p>O objetivo deste estudo foi investigar as possíveis relações entre falsas memórias e transtornos depressivos, de ansiedade e personalidade através de uma revisão sistemática da literatura. A busca envolveu o intervalo de 2001 a 2023 e foi feita &nbsp;no idioma inglês nas bases de dados do CAFe (CAPES), APA - PsycNet e Google Scholar e em português e inglês na base de dados SciELO. Foram selecionados 30 artigos. Dezessete &nbsp;deles &nbsp;utilizaram o paradigma DRM ou variações dele. Sete artigos apresentaram maior produção de falsas memórias no grupo clínico de modo geral, especialmente para o transtorno de estresse pós-traumático. A valência teve papel definidor de resultados em 7 artigos, sendo que 4 apontaram para a tendência de produção de falsas memórias para material de valência negativa. Três artigos mostraram reconhecimento/recordação prejudicado de palavras corretas no grupo clínico. Seis artigos apontaram para um número maior de falsas memórias para itens relacionados emocionalmente. Conclusões: &nbsp;a relação entre falsas memórias e &nbsp;transtornos psicopatológicos carece de consenso na literatura, devido a fatores como variabilidade de amostras, paradigmas e metodologias, abrindo espaço para o desenvolvimento da pesquisa no campo e o desenvolvimento de paradigmas mais robustos, análises mais refinadas e características específicas a serem exploradas.</p> Lígia Portela Schipper Ederaldo José Lopes Direitos de Autor (c) 67 Experiência psicológica da solidão entre residentes da ilha de São Miguel (Açores, Portugal) https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/16106 <p>A solidão representa riscos crescentes para a saúde mental e física. Este estudo explora a experiência psicológica da solidão entre adultos das áreas rurais e urbanas da Ilha de São Miguel, utilizando uma abordagem qualitativa com dois grupos focais (rural: n = 10; urbano: n = 7). Os dados foram analisados através da análise fenomenológica interpretativa, revelando seis temas principais. De forma notável, alguns participantes consideraram a vida em aldeias e na ilha como protetora contra a solidão. As atitudes de indivíduos próximos e profissionais também influenciaram fortemente a sua experiência. Este estudo contribui para a compreensão da solidão em contextos rurais e urbanos insulares, permitindo comparações contextuais.</p> Edna Moniz Rosa Marina Afonso Luís Pires Célia Barreto Carvalho Direitos de Autor (c) 67