Revista de Estudos Literários
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<p>A <em>Revista de Estudos Literários</em> é uma publicação anual da Imprensa da Universidade de Coimbra e do Centro de Literatura Portuguesa (CLP), unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Incidindo sobretudo nos domínios da crítica e da teoria literárias, integrará, em cada número, uma secção temática e procurará acompanhar o movimento editorial consagrado ao ensaísmo literário em Português.</p>Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbrapt-PTRevista de Estudos Literários2182-1526<p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p>- Sobre a novela A Charca, de Manuel Bivar: Ecologia para totós
https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/17556
<p>Neste artigo abordo <em>A Charca</em>, de Manuel Bivar, uma novela publicada em 2021 em Portugal (já em terceira edição) que relata a progressiva fusão de um homossexual eremita com o campo para onde se retirou durante a pandemia. Começo por discutir aspectos já sublinhados por outros autores, nomeadamente a hipercontemporaneidade da prosa, a singularidade de figura da “bicha rural”, se a novela é pós-apocalíptica e a riqueza do vocabulário botânico. Embora a hipercontemporaneidade penalize a novela nas suas passagens mais ensaísticas, que interpelam o leitor num registo que destoa da leitura imersiva que o autor habilmente possibilita, duas características ainda não discutidas na literatura explicam em parte a grande força e originalidade da obra: 1) a forma como a ciência serve a ficção, num registo sem grandes precursores em Portugal que vai além da ficção científica e fica aquém do realismo mágico; 2) o posicionamento político, que apesar de heterogéneo soa consistente.</p>Vasco Barreto
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15DEUS NA ESCURIDÃO. Valter Hugo Mãe. Rio de Janeiro: Biblioteca Azul, 2024. 240 páginas, ISBN: 978-65-5830-210-0
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Rodrigo Felipe Veloso
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15Repercussões da iluminação na neuroarquitetura
https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/17100
<p>A arquitetura exerce um impacto profundo na cultura da luz e sombra, influenciando a forma como o indivíduo percebe e interage com o espaço. A luz, é símbolo e colapso da consciência. A sedução da luz, ao prometer progresso e desenvolvimento, aprisiona - ou melhor escraviza - o homem, privando-o da verdadeira liberdade. A luz não apenas ilumina, mas também impõe limites, restringe e influencia. A diferença reside apenas no grau e no tipo de impacto que ela exerce sobre aqueles que a seguem. A relação entre <strong>arquitetura, luz e cérebro</strong> é profunda e multifacetada, influenciando a perceção, o bem-estar e o comportamento humano. Espera-se que este ensaio, baseado numa revisão de literatura possa ser um contributo positivo para a reflexão sobre a conceção da luz na neuroarquitetura.</p>jorge ferreira
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15Ministério do Vício e da Virtude -
https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/17009
<p> </p> <p>O ministério dos vícios e virtudes é uma ideia religiosa acima de tudo, é uma forma de controlar as pessoas, de garantir que a sociedade não seja plural, mas igualitária em comportamentos, e a compreensão de vícios e virtudes são, por outro lado, apenas uma construção sem relação com a realidade.</p> <p> </p>Helder Paraná Do Coutto
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15INTERSECTIONISM, STATIC THEATER AND AESTHETICS OF CONTRADICTION.
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<p>Em 1910, Fernando Pessoa embarcou nos dois grandes projetos que emolduram sua obra literária: o Teatro Estático e os heterônimos, ambos expressões de sua vocaçao dramática e um lugar privilegiado para a realização do ideal de fusão entre as artes. Paralelamente, a grave convulsão vivida pelo pensamento, pela ciência e pela arte no século XX emergiu com formas renovadas de conhecimento científico e as humanidades, reforçando o status da ficçao como uma hermenêutica eficaz para capturar em forma textual o pensamento que questiona a anarquia de um universo feito de contrastes e contradições. A encenação de <em>El banquero anarquista </em>(1995), de Javier Maqua, mergulha nessas geografias liminares, explorando novas formas de teatro pós-dramático prefiguradas na brilhante obra do escritor português.</p>TERESA GARCÍA-ABAD
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