Revista de Estudos Literários https://impactum-journals.uc.pt/rel <p>A <em>Revista de Estudos Literários</em> é uma publicação anual da Imprensa da Universidade de Coimbra e do Centro de Literatura Portuguesa (CLP), unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Incidindo sobretudo nos domínios da crítica e da teoria literárias, integrará, em cada número, uma secção temática e procurará acompanhar o movimento editorial consagrado ao ensaísmo literário em Português.</p> Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra pt-PT Revista de Estudos Literários 2182-1526 <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a>&nbsp;que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> INTERSECTIONISM, STATIC THEATER AND AESTHETICS OF CONTRADICTION. https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/16977 <p>Em 1910, Fernando Pessoa embarcou nos dois grandes projetos que emolduram sua obra literária: o Teatro Estático e os heterônimos, ambos expressões de sua vocaçao dramática e um lugar privilegiado para a realização do ideal de fusão entre as artes. Paralelamente, a grave convulsão vivida pelo pensamento, pela ciência e pela arte no século XX emergiu com formas renovadas de conhecimento científico e as humanidades, reforçando o status da ficçao como uma hermenêutica eficaz para capturar em forma textual o pensamento que questiona a anarquia de um universo feito de contrastes e contradições. A encenação de <em>El banquero anarquista </em>(1995), de Javier Maqua, mergulha nessas geografias liminares, explorando novas formas de teatro pós-dramático prefiguradas na brilhante obra do escritor português.</p> TERESA GARCÍA-ABAD Direitos de Autor (c) 14 O Delfim - adaptação cinematográfica de José Cardoso Pires https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/16974 <p>Publicação do dactiloscrito inédito do guião cinematográfico, realizado a partir de <em>O Delfim, por José Cardoso Pires</em></p> Marisa Henriques Direitos de Autor (c) 14 Introdução https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/16934 Carlos Reis Gabriella Mendes Direitos de Autor (c) 14 ENCANTARIAS POÉTICAS DE UMA ILHA SEBASTIÂNICA NO BRASIL https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/16721 <p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O sebastianismo nasceu sob a condição insular, uma vez que o Encoberto aguardaria o retorno sob as areias de uma ilha indescoberta. É o que vêm narrando as literaturas orais e escritas ao longo dos séculos. Em pleno século XXI, o Rei Sebastião habita a minúscula ilha do arquipélago de Maiaú, no litoral oeste do Maranhão, Brasil. Na verdade, aqueles ilhéus dão conta de que o monarca teria fundado a ilha ao fincar sua espada numa coroa de areia, depois do malogro de Alcácer-Quibir. Para ele, os moradores da ilha cantam “doutrinas” do Tambor de Mina, rito de origem daomeana, transplantado ao Maranhão e ressignificado com a pajelança ameríndia. Sebastião agora é um encantado, e convive com outras entidades, nativas e estrangeiras, além de se metamorfosear em bichos alados e terrestres para se presentificar no terreiro, no areal, na imaginação e no sonho. É a poética da encantaria sob o viés sebastiânico que este texto apresenta.</span></span></span></p> CLAUDICELIO RODRIGUES DA SILVA Direitos de Autor (c) 14 DO CONCEITO AO PRECONCEITO DA EPILEPSIA https://impactum-journals.uc.pt/rel/article/view/16617 <p>Este ensaio convida à reinterpretação da epilepsia que transcende o enquadramento biomédico, revelando-a como um fenómeno cultural, poético e existencial. A partir de referências filosóficas e sociológicas, investiga-se o corpo epilético como território em movimento, marcado por fluxos, crises e resistências que desafiam as narrativas e normativas da saúde. A convulsão é interpretada como metáfora de desenraizamento, numa estética singular que articula sofrimento, expressão e beleza involuntária. Constrói-se uma cartografia da doença na contemporaneidade - onde identidade, espaço e subjetividade se entrelaçam. Espera-se que este artigo, alicerçado numa revisão da literatura, possa contribuir para a reflexão sobre o tema.</p> jorge ferreira Direitos de Autor (c) 14