https://impactum-journals.uc.pt/rph/issue/feedRevista Portuguesa de História2025-05-28T14:07:31+01:00Carla Rosagapci@fl.uc.ptOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Portuguesa de História</strong> é uma revista de periodicidade anual, cujos artigos são sujeitos a uma avaliação prévia por parte de uma comissão de arbitragem. Foi criada em 1941, no âmbito do Instituto António de Vasconcelos, designado, desde 1975, Instituto de História Económica e Social. Esta Revista tem-se dedicado, desde a sua fundação, à publicação de estudos de investigadores portugueses e estrangeiros na área da História, desde a Antiguidade até à Época Contemporânea. A RPH está empenhada na divulgação dos resultados da investigação histórica nas áreas da História Portuguesa e Mundial, sob a forma de artigos, recensões críticas e notícias.</p>https://impactum-journals.uc.pt/rph/article/view/16186O Contributo da conservação de local de interesse histórico em Moçambique: caso Estado militar de Macanga 2025-05-28T14:07:31+01:00Domingos Joaquim Vascodomingosvasco1@gmail.com<p>O artigo científico analisa o contributo da conservação de local de interesse histórico em Moçambique.</p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rph/article/view/16132Agentes, Espaço e Ciência na Construção Histórica do Instituto de Medicina Legal de Lisboa 2025-05-10T12:31:21+01:00João Machadojoaodenardihistoriador@gmail.com<p>O presente artigo aborda a história do Instituto de Medicina Legal de Lisboa (IMLL) como parte do processo de legitimação científica e consolidação institucional da medicina legal em Portugal, de forma a considerá-lo como espaço técnico e social durante as primeiras décadas do século XX. O texto propõe um mesmo eixo explicativo para compreender as atribuições legais do IMLL, sua estrutura de espaços e saberes e as características sociais de uma comunidade científica – a conformarem-se localmente entre a medicina e o direito. Particular atenção é dada às origens da instituição, que remontam à Escola Médico-Cirúrgica, à Morgue e à abertura dos primeiros circuitos para profissionalização do meio médico legal em Lisboa. Em seguida, debate-se como o contexto da República viabilizou nova regulamentação da atividade pericial e propiciou a inclusão da Morgue nas Reformas Universitárias de 1911, ambos vetores de centralização da medicina legal em um instituto de referência profissional, a exigir novo quadro de contratados e de estruturas espaciais e administrativas. Por fim, investiga-se as trajetórias biográficas de três agentes institucionais – a saber, Azevedo Neves, Asdrúbal de Aguiar e Baltazar Brites –, a partir das quais se reconhecem linhas de consenso e de conflito a atravessarem o passado da instituição. </p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rph/article/view/16088Direito à História: arte e resistência no Hôpital Psychiatrique Sainte-Anne (Paris, décadas de 1920 a 1940)2025-05-01T01:26:21+01:00Nelson Tomelin Jr.nelsontomelin@yahoo.com.brVanessa Mirandavanessamiranda@ufam.edu.br<p>O conjunto documental analisado nesta pesquisa está composto de produções artísticas, trabalhos estéticos com a linguagem escrita, pinturas, ensaios autorais e registros fotográficos de pacientes do Hôpital Psychiatrique Sainte-Anne, em Paris, entre as décadas de 1920 e 1940. São fontes que demonstram articulações no campo da criação como aposta no belo e no futuro, em um presente de Entreguerras na Europa (1918-1939), até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Sobreviver no período, como judeu, mulher, trabalhadores, jovens ou idosos, internos daquela instituição psiquiátrica, exigiu mesmo resistência, por expressões diversas da sensibilidade humana. O manicômio, espaço social politicamente engajado, é arena de tensões científicas que afastam a ideológica noção de neutralidade. E aparece aqui em dimensões institucionais que evidenciam contradições vivas na sociedade de classes francesa durante a Ocupação nazista (1940-1944). Procura-se discutir neste artigo questões em torno da produção da memória e da arte, lutas e esperanças de sujeitos históricos em experiências de diálogo e participação, o seu direito à história. </p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rph/article/view/16055Reivindicar o Poder: Autodefesa e Vulnerabilidade em Artemisia e Bourgeois2025-04-21T15:07:40+01:00Francisca Sousafranciscasiao@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Ao longo da história, a ideia de poder do e sobre o corpo tem sido um tema central no mundo da arte. Representado sobre os seus vários contextos - político, social, físico, sexual -, o poder exibe-se enquanto ideia complexa entre o domínio físico e a força de carácter abstrato.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Frequentemente associado na arte à violência e à brutalidade masculina, o poder promulga-se especialmente sobre o corpo feminino, inevitavelmente através de um jogo de domínio e submissão. Ter poder sobre o próprio corpo é um dos aspectos mais importantes do trabalho das artistas da década de 1970, que se prolonga até aos dias de hoje debaixo dos holofotes de movimentos como o </span><em><span style="font-weight: 400;">Me Too</span></em><span style="font-weight: 400;"> e de outros questionamentos acerca das políticas do corpo. Não esqueçamos que não só na contemporaneidade se dão estas reivindicações, uma vez que a pintora barroca Artemisia Gentileschi dedicou grande parte da sua obra ao triunfo da heroína feminina sobre um antagonista masculino. De formas mais subjetivas, o poder é reclamado por Louise Bourgeois através da vulnerabilidade com que trata a sua poderosa identidade feminina. A mulher transforma-se numa lâmina para enfrentar o trauma.</span></p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rph/article/view/16041Amazônia como um corpo doente por meio de narrativas de viagem do século XIX2025-04-15T21:47:31+01:00Mara Genecy Centeno Nogueiramaracenteno@unir.comSonia Maria Gomes Sampaiosoniagomesampaio@gmail.comLarissa Gotti Pissinattilarissa.pissinatti@unir.br<p>O artigo examina relatos de viagens do século XIX sobre doenças na Amazônia, enfocando as interpretações de cientistas e exploradores em relação às enfermidades encontradas na região. Viajantes como Alfred Russel Wallace e Henry Walter Bates descrevem a floresta como um ambiente hostil, atribuindo as doenças ao clima, à fauna e às precárias condições sanitárias. Suas narrativas refletem uma visão eurocêntrica, estigmatizando a população local e desvalorizando seus saberes tradicionais sobre saúde e cura. A análise dos relatos dialoga com o conceito de biopoder, de Michel Foucault<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>, considerando-se a utilização do controle sobre corpos e práticas médicas como estratégia de dominação colonial; ao mesmo tempo, destaca-se a importância dos conhecimentos indígenas no uso de plantas medicinais e rituais de cura, essenciais para a sobrevivência na floresta. Por fim, discute-se como essas percepções ajudaram a moldar representações da Amazônia, influenciando políticas de colonização e estratégias de saúde pública, com impactos duradouros na forma como a região e seus habitantes foram tratados ao longo da história<strong>.</strong></p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Doença; Amazônia; Relatos de viagens; Biopoder.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>Direitos de Autor (c)