Revista Portuguesa de Pedagogia https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia <p class="p">A <em>Revista Portuguesa de Pedagogia</em> é uma publicação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.</p> <p class="p">Publicada desde 1960, a <em>Revista Portuguesa de Pedagogia </em>visa divulgar a investigação realizada no âmbito das Ciências da Educação e promover o debate e a reflexão em torno de questões científicas e sociais relevantes para a educação, bem como a partilha de ideias, de saberes e de experiências neste domínio.</p> <p class="p">A <em>Revista Portuguesa de Pedagogia</em>&nbsp;publica artigos em português, inglês, espanhol e francês, submetidos a um processo de avaliação em regime de <em>double blind refereeing</em>.</p> pt-PT <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a>&nbsp;que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> rppedagogia@fpce.uc.pt (Carlos Francisco de Sousa Reis) imprensa.revistas@uc.pt (Imprensa da Universidade de Coimbra) Qua, 28 Mai 2025 00:00:00 +0100 OJS 3.2.1.1 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Multimodalidade na Comunicação Docente com Alunos Migrantes não Falantes de Português: Contributos Teóricos e Recursos para uma Educação Inclusiva https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16582 <p>Este artigo apresenta um enquadramento teórico e prático sobre o papel da multimodalidade na comunicação entre professores e alunos migrantes não falantes de português. A partir de uma análise crítica das contribuições de Watzlawick (1967), Mehrabian (1971), Hall (1976), Jewitt (2008), Kress (2010) e de outros autores com obra relevante nas áreas da Pedagogia Crítica e da Semiótica Social, argumenta-se que a comunicação docente deve incorporar múltiplos modos — verbais, não verbais, visuais, espaciais e culturais — como estratégia de inclusão educativa. Para além da revisão teórica, o artigo propõe um conjunto de práticas pedagógicas concretas e culturalmente responsivas, promovendo ambientes de aprendizagem acessíveis e equitativos. Esta abordagem contribui para a construção de uma escola sensível à diversidade linguística e cultural crescente no contexto educativo português contemporâneo.</p> Rosa Mendes Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16582 Professors’ Expectations About the Use of Films as Educational Resources https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16578 <p>A utilização de filmes como material didático tem sido uma estratégia recorrente entre educadores. Estudos indicam que essa escolha decorre de diversos fatores, como o potencial de captar a atenção dos estudantes, ilustrar situações reais ou propor atividades diferenciadas. Este estudo teve como objetivo analisar as expectativas de docentes quanto à aprendizagem por meio de filmes enquanto recurso didático. Participaram 15 professores do ensino superior: nove do Porto, três de Braga e três de Lisboa. A média de tempo de docência foi de 21,5 anos (mediana = 22; desvio padrão = 10,42; amplitude = 34). Os dados foram recolhidos por meio de questionário online, enviado por correio eletrónico juntamente com informações sobre os objetivos da investigação. Os resultados foram discutidos à luz da literatura e da teoria sociocultural de Lev Vygotsky. Observou-se que os filmes são utilizados principalmente para despertar o interesse dos discentes. Na perspetiva vygotskiana, os signos fílmicos contribuem para o acesso à zona de desenvolvimento proximal, promovendo a passagem do desenvolvimento real ao potencial. Embora bem recebidos por docentes e estudantes, os filmes não foram considerados suficientes para aprofundar o conhecimento de forma plena, funcionando como recurso complementar na transmissão dos conteúdos temáticos.</p> Felipe Queiroz Dias Rocha Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16578 Relação Entre a Orientação Profissional e o Planeamento de Carreira: Um Estudo Com Estudantes de Psicologia https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16549 <p><strong>Resumo</strong></p> <p>Este estudo explorou a relação entre as práticas de orientação profissional e o planeamento de carreira, analisando quatro dimensões: autoconhecimento, integração académica, perceção da orientação recebida e segurança nos objetivos profissionais. Participaram 217 estudantes universitários de Psicologia (176 mulheres e 41 homens, com idades entre os 17 e os 65 anos). Adotou-se um desenho exploratório-descritivo, recorrendo a metodologia quantitativa, tendo sido aplicado um questionário <em>online</em>. Os resultados evidenciam correlações positivas e significativas entre autoconhecimento e projetos profissionais (<em>ρ</em>=0,56,&nbsp;<em>p</em>&lt;0,001) e entre integração académica e acesso a informações sobre carreira (<em>r</em>=0,58,&nbsp;<em>p</em>&lt;0,001). A segurança nos objetivos profissionais correlacionou-se moderadamente com a orientação recebida (<em>r</em>=0,27,&nbsp;<em>p</em>&lt;0,001). Conclui-se que a implementação de programas estruturados de orientação profissional no ensino superior se revela fundamental para: promover o desenvolvimento do autoconhecimento vocacional, assegurar o acesso equitativo a informações de carreira, e facilitar a transição eficaz para o mercado de trabalho. Discutem-se as limitações do estudo e propõem-se linhas de investigação futura.</p> <p><em>Palavras-chave:</em> orientação vocacional; autoconhecimento; autoeficácia; suporte social; escolha da profissão</p> José Luís Costa Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16549 Interlocuções entre as concepções de Tempo, Infância e Escola https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16488 <p class="CORPO" style="text-indent: 0cm; line-height: 200%;">Neste artigo, problematizamos as concepções de tempo, infância e escola, buscando explicitar as inter-relações entre elas. Consideramos que esses temas atravessam e são atravessados por múltiplas áreas do conhecimento, mas ancoramos nossas análises especialmente nas contribuições da psicologia e da história da educação. Na escolha das obras para essas análises, recortamos as referências junto à sociedade ocidental moderna e, em particular, à sociedade brasileira, destacando sua organização escolar ao longo do século XX e as influências das teorias psicológicas nesse processo. No contexto brasileiro, a Psicologia contribuiu para a constituição do campo educacional, especialmente na formação de professores e na organização escolar, tornando-se uma das ciências bases da Educação, juntamente com a Biologia e a Sociologia. Conclui-se que a maioria das teorias psicológicas e educacionais – com poucas exceções – incorpora a concepção moderna de tempo linear, associado à noção de progresso. Entendemos que esse estudo pode ajudar na compreensão do projeto de escolarização no cenário contemporâneo, particularmente no momento que vivemos, de grandes alterações nas relações das pessoas e da escola com o tempo.</p> Diana Carvalho de Carvalho, Cris Regina Gambeta Junckes, Mériti de Souza Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16488 Por uma Prática Sociopedagógica Hospitaleira em Espaços Não Escolares https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16406 <p>O presente artigo pretende discutir, a partir de uma análise bibliográfica, a Pedagogia Social como um campo teórico da práxis da Educação Social. Ela é vista como uma ciência que orienta práticas sociopedagógicas destinadas ao público em situação de vulnerabilidade social, para que este tenha acesso a uma formação que amenize as aflições sociais através das intervenções sociopedagógicas. Para tal, pretende-se localizar o espaço de atuação da Educação Social na Educação Brasileira, a partir da definição de educação baseada nos dispositivos legais e dos conceitos de educação escolar e não escolar de acordo com Gohn (2006), Trilla (2008) e Ferreira, Sirino e Mota (2020). Em seguida, apresenta-se a origem, o público, a finalidade e os domínios da Pedagogia Social e delimita-se, conceitualmente, a sua distinção da Educação Social (Caliman, 2010). Por conseguinte, são destacados os domínios da Pedagogia Social, ressaltando a Hospitalidade, de Baptista (2005), como uma proposta de reflexão para a prática profissional baseada no encontro com o outro, sendo esta uma proposta epistemológica para a Pedagogia Social. Assim, apresentar-se-á como estudos e pesquisas que envolvem práticas sociopedagógicas realizadas em contextos não escolares demonstram a potencialidade desse campo teórico para os processos formativos das populações em situação de vulnerabilidade social.&nbsp;</p> Danthala Maria do Nascimento, Quéteri Figueiredo Paiva, Filipi José da Silva , Arthur Vianna Ferreira Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/16406