https://impactum-journals.uc.pt/territorium/issue/feedTerritorium2025-05-09T09:09:32+01:00Fátima Velez de Castroriscos@riscos.ptOpen Journal Systems<p>A Territorium - Revista Internacional de Riscos é publicada semestralmente pela RISCOS, Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, em parceria com a Imprensa da Universidade de Coimbra e visa divulgar investigação científica relevante efetuada nos domínio das ciências cindínicas, quer versando sobre a temática dos riscos, perigos e crises, quer tratando da respetiva prevenção, do socorro em situações de emergência ou da reabilitação de áreas afetadas pela sua manifestação</p>https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/16114CAMINHOS PARTICIPATIVOS PARA A GESTÃO DE RISCOS E DESASTRES: MAPEAMENTO DE RISCOS COM AS PARTES INTERESSADAS LOCAIS2025-05-09T09:09:32+01:00Vitor Vieira Vasconcelosvitor.v.v@gmail.comRaíssa Pignoni dos Santospignoniraissa@gmail.comMaria Alice Medeiros Damascenoalice.medeiros@aluno.ufabc.edu.brMilena da Silva Rodriguesmilena.rodrigues@aluno.ufabc.edu.brValéria Cristina Barbosa da Silva Ortegavaleria.ortega@francodarocha.sp.gov.brAna Carolina Alencar Nunesana.nunes@francodarocha.sp.gov.br<p>O risco deve ser compreendido como uma construção social e, para o desenvolvimento de planos e políticas integradas, a participação popular é essencial para alcançar efetividade e sustentabilidade. Esta pesquisa-ação apresenta um mapeamento participativo realizado na comunidade de Guarará, município de Franco da Rocha, São Paulo, Brasil. Foi realizado em parceria com moradores e representantes do poder público e da academia, para compreender os problemas e analisar propostas no território local. Foi considerada uma abordagem multirrisco, possibilitando o diagnóstico e propostas integrando perspectivas de riscos de desastres, saúde, segurança alimentar e criminal. Os resultados destacaram como as políticas de gestão de riscos devem incorporar análises do ambiente físico juntamente com situações de vulnerabilidade social, associadas às especificidades locais. Os resultados são úteis para o planejamento e intervenções colaborativas por meio de Assistência Técnica em políticas de Habitação de Interesse Social, Defesa Civil, Educação e Regularização Fundiária, incluindo empreendimentos governamentais em colaboração com ações comunitárias voluntárias.</p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/16044MONITORIZAÇÃO PÓS-FOGO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS: OS PROJETOS REACT MORE E POST-FIRE FAM2025-04-24T23:21:21+01:00Rui Pintorui.pinto@forestwise.ptAna Sáana.sa@forestwise.ptSusana Fonsecasusana.fonseca@forestwise.pt<p>Os projetos REACT MORE-Ação de Reflorestação e Combate à Desertificação de Moreirolas e POST-FIRE FAM -Avaliação da Severidade do Fogo e Monitorização da Recuperação Pós-Fogo, envolvem a participação do CoLAB ForestWISE em matérias relacionadas com a gestão pós-fogo e a recuperação de ecossistemas florestais.</p> <p>O primeiro resultou de uma parceria com a Florestgal, S.A. e a Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais na resposta à problemática da desertificação. Numa área aproximada de 290 ha, ocupada por um eucaliptal com mais de 25 anos em subprodução e com uma recorrência de incêndios rurais que varia entre 5 e 11 anos, procedeu-se à reconversão com espécies florestais autóctones, mais adaptadas e resilientes à região. Foram igualmente instaladas seis parcelas de monitorização da vegetação, fauna, temperatura e humidade relativa, com o objetivo de avaliar o impacto produzido pelas intervenções florestais. Identificaram-se 63 espécies florísticas nas três parcelas com 37, 27 e 37 espécies diferentes, respetivamente. Foram igualmente contabilizados um total de 3582 insetos, agrupados em 13 ordens, utilizando dois métodos diferentes. As ordens com maior número de insetos foram a Diptera e Coleoptera. As análises de solos revelaram um solo pobre em macronutrientes em todas as parcelas e com maior teor de carbono e maior relação C/N nas parcelas de Eucalipto.</p> <p>O POST-FIRE FAM pretende avaliar a severidade de grandes incêndios no território de Portugal Continental, conjugando dados de campo e imagens de satélite para calibrar índices de severidade. Até 30 de setembro de 2024 foram alvo de análise dois (2) incêndios (20 parcelas) que somam um total de ~1950 ha de área queimada. Apesar do reduzido número de parcelas avaliadas, pode dizer-se que, preliminarmente, a severidade média dos dois incêndios foi moderada (CBI~2.0, SD~0.52), sendo que em sete (7) parcelas a severidade foi elevada. É prematuro fazer uma análise estatística à avaliação da severidade feita no terreno e a dada por índices espectrais derivados de imagens Sentinel-2, que deverá ser estratificada por classe de ocupação, estrato de vegetação, densidade de coberto arbóreo, entre outras variáveis que possam vir a ser relevantes. A construção desta base de dados de severidade permitirá perceber, por um lado as limitações da classificação da severidade com recurso aos índices espectrais e, por outro, derivar parâmetros de calibração destes índices para que possam ser usados de forma rápida e expedita após um incêndio na avaliação da sua severidade e na definição de estratégias de mitigação dos impactos produzidos na vegetação e no solo. Adicionalmente, a monitorização da recuperação da vegetação nos ecossistemas afetados, poderá ser usada para definir estratégias de recuperação pós-incêndio.</p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/15950QUEIMADAS NA CAATINGA: UMA ANÁLISE DAS ÁREAS AFETADAS NA BAHIA (1993-2023) 2025-04-24T10:03:20+01:00Tayse Guimarãestlbguimaraes@uefs.brThamires Oliveira do Bomfimthamiresodobomfim@gmail.comRafael Oliveira Franca Rocharafaelrocha@geodatin.comÉdico de Oliveira Gomesgomesedico@gmail.comRosângela Leal Santosrosaleal@uefs.br<p>A Caatinga é um bioma típico do Brasil que está inserido em região semiárida, caracterizada por um clima quente e seco. A presença humana, através da agricultura e da pecuária, tem provocado danos ambientais significativos, resultando na degradação do solo e na perda de vegetação nativa. O uso do fogo nessas atividades associados às épocas de secas intensificam as queimadas descontroladas, agravando ainda mais a destruição no bioma. Assim, o objetivo deste estudo é examinar os incêndios ocorridos na Caatinga da Bahia, relacionando-os com o uso e ocupação do solo entre os anos de 1993 e 2023. Para isso, foi utilizada a plataforma Mapbiomas para a coleta e análise dos dados. Embora tenha sido observada uma tendência de diminuição das queimadas, picos em determinados anos revelam a pressão das atividades humanas, mostrando que o número de queimadas tem aumentado ao se observar o total acumulado no período, principalmente nas proximidades da fronteira agrícola com o desenvolvimento de agricultura em larga escala.</p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/15938ANÁLISE INTEGRADA DO COMPORTAMENTO NÃO ESTACIONÁRIO DE FENÓMENOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS:2025-03-27T13:56:25+00:00Carla Larissa Fonseca da Silvacarla.larissa.silva@tecnico.ulisboa.ptMaria Manuela Portelamaria.manuela.portela@tecnico.ulisboa.ptJosé Pedro Matosjose.matos@tecnico.ulisboa.pt<p>O estudo analisou o comportamento não estacionário de eventos hidrológicos extremos na bacia do rio Muriaé (8,126 km<sup>2</sup>, sudeste do Brasil), uma região propensa a inundações fluviais. Foi utilizada uma metodologia que combina a técnica das séries de picos acima de um limiar, POT (do inglês <em>Peaks Over Threshold</em>), e a estimativa da taxa de ocorrência por Kernel (KORE). Comparativamente à série de máximos anuais, a POT permite selecionar múltiplos eventos extremos por ano, resultando em amostras com maior número de elementos, logo, mais representativas do fenómeno em estudo. O estudo também explorou como as teleconexões climáticas, especialmente a El Niño–Oscilação Sul (ENSO), influenciam os eventos extremos. Com base em registos diários de quatro estações hidrométricas e de oito postos udométricos, os resultados indicaram tendências positivas na frequência de eventos extremos, sugerindo aumentos nas suas taxas de ocorrência ao longo do tempo. A maior parte dos eventos extremos ocorreu durante a fase negativa da ENSO.</p>Direitos de Autor (c) https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/15926DINÂMICA DE INCÊNDIOS E QUEIMADAS NO ESTADO DA BAHIA - BRASIL: UMA DÉCADA DE DADOS (2013-2023)2025-04-24T09:54:02+01:00Ana Paula dos Santos de Melonina.melo16@gmail.comRosângela Leal Santosrosaleal@uefs.brJuliana Pereira Petronílio dos Santosjuliana2pere@gmail.comBasílio Fernandez Fernandezbasilio.fernandez@hotmail.comLiamara Carellicarelli@uefs.br<p>Este estudo apresenta um panorama dos incêndios no Estado da Bahia no período 2013-2023, analisando a distribuição espacial e temporal das áreas queimadas. Foram utilizados dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do MapBiomas-Coleção Fogo para mapear a extensão dos incêndios, classificando as cicatrizes de fogo conforme sua magnitude e os focos de incêndios. Os resultados indicam variações significativas ao longo dos anos, com picos em períodos específicos, sugerindo a influência de fatores climáticos e sazonais, da expansão da agropecuária de maneira desordenada e de ações antrópicas. A distribuição das queimadas evidencia a predominância de eventos de pequena escala com impactos consideráveis, embora incêndios de grande extensão ocorram de forma esporádica. O estudo destaca a importância do monitoramento contínuo e da implementação de estratégias de gestão ambiental para mitigar os efeitos desses eventos, assim como políticas públicas de fiscalização.</p>Direitos de Autor (c)