Fazer sentido do lodo de esgoto como recurso renovável nos Estados Unidos
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_38_3Palavras-chave:
dejetos humanos, saneamento, os sentidos, industrialismo tardioResumo
Antes da industrialização, os excrementos humanos eram frequentemente utilizados como recursos para produção agrícola. Após o advento do sistema de saneamento hidráulico, no entanto, esterco humano tornou-se cada mais vez direcionado para hidrovias, em vez de ser reincorporado aos agroecossistemas terrestres. Para contrariar esta tendência, muitas cidades industriais estão procurando utilizar o lodo de esgoto, ou “biossólidos”, como um recurso renovável que pode ser aplicado como um corretivo de solo em ambientes recreativos urbanos, incluindo parques, jardins e campos de golfe. Este artigo examina o uso de biossólidos na cidade americana de Chicago e como isso chega a “fazer sentido” —experimentalmente, economicamente e ecologicamente—para usuários e especialistas em saneamento. Além disso, se considera como as infraestruturas de saneamento, as normas socio-culturais e as considerações de saúde influenciam e restringem esse uso. Finalmente, este artigo identifica como experiências sensoriais (particularmente de odores ou sua ausência), bem como noções de “bom senso” econômico e ecológico contribuem para a aceitabilidade social do uso de biossólidos. No entanto, os contaminantes de preocupação emergente que são quase imperceptíveis nos resíduos de saneamento levantam questões mais profundas sobre os desafios da sustentabilidade urbana neste período conhecido como industrialismo tardio.
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