Macrorrestos vegetais em contextos funerários: rituais, função e processos de formação
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_41_19Palavras-chave:
Arqueobotânica, madeira carpologia, cremações, inumaçõesResumo
O uso de materiais vegetais foi, e ainda é, uma constante em contextos funerários das mais variadas cronologias, culturas e geografias, onde podem ter funções ou simbolismos variados. No entanto, sendo perecíveis, só se preservam em condições particulares e a sua identificação, recolha e estudo exigem métodos específicos. Este artigo aborda o potencial interpretativo de macrorrestos vegetais preservados através de carbonização e mineralização em contextos de cremação e inumação e fará uma avaliação dos principais desafios no seu estudo. A madeira é o principal combustível utilizado em cremações. Porém, ainda que o fogo assuma usualmente um valor simbólico nestas práticas, o mesmo nem sempre acontece com a lenha utilizada. Em inumações, o uso intencional do fogo é mais raro, mas ter-se-á verificado desde a Pré-história, assumindo a função de preparação da área de enterramento. Contudo, a presença de materiais vegetais carbonizados em inumações, obriga a cuidadas avaliações dos seus processos de formação, de forma a comprovar a sua associação intencional às práticas funerárias. Com o fogo também se conservam frequentemente objetos de madeira, frutas, sementes e restos de alimentos processados, fornecendo informações muito relevantes para caracterizar rituais. Algumas destes podem encontrar- se mineralizados, surgindo usualmente associados a objetos metálicos.
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