A necrópole da Casa Romana do Castro de São Domingos (Lousada, Portugal): um espaço funerário da Alta Idade Média

Autores

  • Paulo André Pinho Lemos Araducta – Arqueologia, Unipessoal Lda.
  • Manuel Nunes Câmara Municipal de Lousada https://orcid.org/0000-0002-7029-7773
  • Bruno M. Magalhães Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências da Vida, CIAS – Centro de Investigação em Antropologia e Saúde https://orcid.org/0000-0002-1596-5193

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-7982_41_8

Palavras-chave:

Preservação óssea, pH do solo, arquitetura funerária, granito, corneana, ritual funerário

Resumo

No decorrer do projeto de investigação ‘Escavação, estudo e musealização da Casa Romana do Castro de São Domingos’ (Lousada, Portugal) foram identificadas, entre 2017 e 2021, dezassete sepulturas. Em nenhum dos catorze sepulcros escavados foram encontrados ossos humanos preservados, muito provavelmente devido à acidez do solo granítico, apesar do comprimento dos sepulcros mostrar que pelo menos dois pertencerão a não adultos. Foi apenas recuperado um aro de fivela em bronze como espólio associado, o que poderá ter a ver com a violação de grande parte dos sepulcros, mas principalmente com a presença de uma comunidade com poucos recursos económicos. A arquitetura funerária do cemitério permitiu identificar três fases tipológicas diferentes, com uma possível área mais antiga e central, a partir da qual foram construídas boa parte das sepulturas mais recentes. A proximidade de vias é por vezes apontada como condicionante para a localização das sepulturas, pelo que não é obrigatória a identificação de um templo associado ao cemitério em futuras campanhas de escavação. Através da análise de paralelos existentes é proposta uma cronologia para utilização da necrópole entre a Antiguidade Tardia e a Alta Idade Média que apenas futuras campanhas arqueológicas poderão ou não confirma

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Publicado

2024-12-16