A necrópole rupestre de Moreira de Rei (Trancoso, Guarda): considerações gerais de uma intervenção em curso

Resumo

Documentada desde 960, Moreira de Rei foi um dos lugares mais destacados da região durante a Idade Média. Como principal testemunho de época altomedieval, a povoação conserva uma extensa necrópole de sepulturas escavadas na rocha, de que se conheciam cerca de 150 túmulos dispersos por uma área hoje coincidente com o largo da igreja românica de Santa Marinha e construções confinantes. No âmbito do projecto de requalificação e valorização deste largo, promovido pela autarquia local, a necrópole tem sido, desde 2018, objecto de escavações que incidem sobre todo o espaço público envolvente à igreja. Os trabalhos realizados revelaram um impressionante espaço funerário, do qual se identificaram cerca de 750 sepulturas, maioritariamente escavadas no substrato rochoso granítico. Embora as escavações estejam ainda em curso, apresentam-se algumas considerações e dados genéricos sobre o contexto e as características desta necrópole altomedieval, posteriormente convertida em cemitério paroquial, e sobre as características paleobiológicas dos indivíduos exumados.

No âmbito do projecto de requalificação e valorização deste largo, promovido pela autarquia local, esta necrópole tem sido objecto, desde 2018, de escavações que incidem sobre todo o espaço público envolvente à igreja. Os trabalhos realizados até a data revelaram um impressionante espaço funerário, do qual se identificaram cerca de 700 sepulturas, maioritariamente escavadas no substrato rochoso granítico. Embora as escavações estejam ainda em curso, apresentam-se algumas considerações e dados genéricos sobre o contexto e as características desta necrópole altomedieval, posteriormente convertida em cemitério paroquial, e sobre as características paleobiológicas dos indivíduos exumados.