Antropologia multi-espécie
breves perspetivas teóricas do antropocentrismo à aceitação da subjetividade não humana
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_39_2Palavras-chave:
Paradigma do excecionalismo humano, antropologia multiespécie, antropologia para além do humanoResumo
O presente trabalho visa – ainda que de forma resumida – refletir sobre as origens teóricas e sobre o desenvolvimento da antropologia multiespécies. A nossa breve “viagem” tem como ponto de partida o paradigma do excepcionalismo humano e o olhar antropocêntrico sobre a relação entre o ser humano e a restante natureza. Este olhar, tendo constituído o paradigma central das origens da disciplina antropológica, é o resultado de formas de olhar e interpretar o mundo e a diversidade nele contida, profundamente ocidentais. Nele assentam dualismos tradicionais como natureza-cultura que justificaram o tratamento distinto do “outro”, não ocidental. Por sua vez, o fim deste paradigma surgiu como resultado da emergência de questões da modernidade, especificamente, a mediatização das questões ambientais. Neste contexto surgiu uma nova área de pesquisa, a Human-Animal Studies (HAS) assim cunhada por DeMello, não obstante outras designações utilizadas por diferentes áreas de pesquisa (ex.: antrozoologia). Nesta nova área de investigação as relações com os outros animais são vistas como co-construídas, interdependentes e relacionais assim como os próprios ecossistemas e estão enquadradas numa nova linha de pensamento: a pós-humana.
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