Fraturas das costelas na Coleção de Esqueletos Identificados de Coimbra

associação potencial com o sexo biológico, idade à morte e densidade mineral óssea

Autores

  • Francisco Curate Universidade de Coimbra, CIAS
  • Eugénia Cunha Universidade de Coimbra, DCV

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-7982_39_1

Palavras-chave:

Traumatismos esqueléticos, paleopatologia, bioarqueologia, antropologia forense, coleções osteológicas de referência, Portugal

Resumo

A prevalência de fraturas das costelas é elevada em contextos arqueológicos, mas estas fraturas raramente são o foco de estudos paleopatológicos sobre traumatismos esqueléticos. Neste trabalho, pretende-se documentar os padrões de fratura das costelas na Coleção de Esqueletos Identificados de Coimbra, Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra. Os objetivos específicos incluem a estimativa da prevalência de fraturas das costelas em 252 indivíduos, de ambos os sexos (mulheres: 128; homens: 124), com idades à morte compreendidas entre os 20 e os 96 anos; e a análise da relação entre fraturas das costelas e idade à morte, sexo biológico e densidade mineral óssea mensurada no fémur proximal. A prevalência bruta de fraturas das costelas é de 6.3% (16 casos em 252 indivíduos observados); enquanto a prevalência real é de 0.7% (38 costelas fraturadas em 5656 observadas). Os homens foram mais afetados que as mulheres (homens: 10.5%, 13/124; mulheres: 2.3%, 3/128). Os indivíduos com uma ou mais fraturas das costelas eram significativamente mais velhos que (média=66.19 anos; desvio padrão [DP]=14.08) aqueles que não sofreram qualquer fratura (média=50.411 anos; DP=19.45). A densidade mineral óssea encontrava-se também associada à presença de fraturas das costelas, mas apenas no grupo feminino. Estes resultados incrementam a consciência científica acerca da prevalência de fraturas das costelas em coleções osteológicas humanas.

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Publicado

2022-12-12