Datando a morte

Estimativa do intervalo postmortem de restos humanos esqueletizados

Autores

  • Catarina Ermida Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências da Vida, Centro de Ecologia Funcional (CFE), Laboratório de Antropologia Forense https://orcid.org/0000-0002-4995-8266
  • Eugénia Cunha Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências da Vida, Centro de Ecologia Funcional (CFE), Laboratório de Antropologia Forense
  • Maria Teresa Ferreira Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências da Vida, Centro de Ecologia Funcional (CFE), Laboratório de Antropologia Forense https://orcid.org/0000-0002-2437-7780

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-7982_39_3

Palavras-chave:

Intervalo post mortem, tempo decorrido desde a morte, restos humanos esqueletizados, antropologia forense, tafonomia forense

Resumo

A estimativa do intervalo postmortem representa uma tarefa crucial quando lidamos com restos humanos, particularmente quando falamos de restos humanos esqueletizados ou em decomposição avançada. A sua estimativa constitui um trabalho importante para os cientistas forenses, já que dela advêm importantes implicações a nível legal, como a identificação ou a condenação/impunidade de criminosos. Porém, datar a morte tem-se revelado uma tarefa muito complexa, pela quantidade de fatores intrínsecos e extrínsecos que podem influenciar a decomposição cadavérica. Variados métodos têm sido usados numa tentativa de estimar o PMI, desde métodos clássicos de decomposição a métodos entomológicos ou botânicos, e mais recentemente métodos físicos e bioquímicos.

Este artigo pretende apresentar uma revisão dos métodos forenses usados para estimar o tempo decorrido desde a morte, com especial foco nas técnicas empregues em antropologia forense. Contudo, reforçamos que a literatura existente é até à data insuficiente, denotando a falta de métodos capazes de alcançar uma estimativa precisa do tempo decorrido desde a morte, sendo necessários estudos mais aprofundados nesta temática. Só uma abordagem holística, em que todos os elementos sejam considerados, poderá ser a chave para uma estimativa precisa do PMI. É fundamental uma investigação interdisciplinar, aliada à atenção ao detalhe dos antropólogos forenses.

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Publicado

2022-12-12