Percepção parental do ambiente de residência e obesidade infantil no Distrito de Coimbra

Autores

  • Helena Nogueira Departamento de Geografia, Universidade de Coimbra Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal
  • Maria Miguel Ferrão Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal
  • Augusta Gama Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Portugal
  • Isabel Mourão Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal
  • Vítor Rosado Marques Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, Portugal
  • Cristina Padez Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-7982_29_1

Palavras-chave:

Obesidade infantil, percepção da vizinhança, ambiente construído, ambiente social.

Resumo

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública da actualidade. Para além dos factores individuais, os lugares em que se vive podem influenciar o comportamento e a saúde, providenciando ou não oportunidades de desenvolver uma vida saudável. O objectivo deste estudo é analisar a associação entre a percepção parental do ambiente local e o excesso de peso e obesidade em 1885 crianças com idades entre os 3 e os 10 anos residentes no distrito de Coimbra. Os dados foram recolhidos entre Março e Julho de 2009, utilizando-se os intervalos definidos pela ITOF para classificar as crianças com excesso de peso e obesidade. As características ambientais foram avaliadas por inquérito (IPS). Efectuou-se uma Análise de Componentes Principais para Dados Categóricos, que conduziu à obtenção de duas dimensões ambientais, posteriormente usadas com variáveis independentes numa análise de regressão multinominal. Os resultados revelaram associações significativas entre as dimensões ambientais e o peso das crianças do sexo feminino. Este estudo tem implicações para a saúde e para as políticas sociais. Melhorar o ambiente físico e social comunitário, providenciando e mantendo lugares seguros para caminhar e passear (disponibilizando infra-estruturas de suporte a essas actividades, melhorando a organização e o controlo social) pode ser uma forma efectiva de modelar o peso das crianças e os seus níveis de saúde, actuais e futuros, sobretudo para o género feminino, grupo que se revela particularmente vulnerável ao ganho de peso.

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