Filhos, enteados e apadrinhados: discursos, políticas e práticas dos serviços de saúde da Diamang, Angola

Autores

  • Jorge Varanda Departamento de Ciências da Vida (DCV), Universidade de Coimbra Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA/ISCTE), Portugal Centro de Malária e Doenças Tropicais (CMDT-LA), Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-7982_29_10

Palavras-chave:

Serviço de saúde da Diamang, cuidados biomédicos, morbilidade e mortalidade, economia política de cuidados biomédicos, colonial, Angola.

Resumo

Este texto pretende revelar a complexidade da prestação de cuidados biomédicos na Companhia de Diamantes de Angola (Diamang). Intenta-se questionar as representações coloniais de equidade de tratamentos entre Brancos e Africanos por parte dos Serviços de Saúde da Diamang (SSD). A análise ilumina a prestação de cuidados biomédicos diferencial entre expatriados e africanos e como esta era replicada entre africanos. A hierarquia entre os africanos colocava os trabalhadores no topo, seguidos pelos seus familiares, sendo a pirâmide ocupada pela população sem relações com a produção de diamantes. Subjacentes aos discursos de igualdade de cuidados biomédicos havia também objectivos políticos internos e internacionais, que contribuíam para as reconceptualizações do Terceiro Império Português assim como para a (re)construção dos sujeitos africanos.

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Publicado

2012-06-06