Do corpo de Röentgen ao corpo Rendering. Considerações sobre eugenia e construções de imagem médica no séc. XXI
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_34_3Palavras-chave:
Ciência, ciência, corpo, imagem médica, eugeniaResumo
O objeto teórico parte de um acontecimento, cronologicamente situado no final do século XIX, a descoberta dos raios X, por Röentgen, e a construção de conhecimentos, entre a anatomia, as imagens e a descoberta cientifica, que chamamos “corpo radiológico ou corpo de Röentgen”. Coloca-se o enfoque nos últimos 50 anos desta descoberta. Os saberes, inicialmente edificados numa Europa influída dos ideais da racionalidade cientifica (eugenia) e o discurso do corpo, sobre eles construído ao longo do século XX, legitimam o normal e o patológico na anatomia. As questões teóricas que colocamos são: situado o enfoque nas atuais imagens digitais, das quais resulta um corpo construído e “renderizado”, pode este corpo ser lido como uma produção de contornos “eugenistas”? Pode tornar-se um dispositivo tecnológico manipulável? Fazemos um bosquejo histórico sobre eugenia e a sua atualidade, interpelamos o conceito de corpo binário / digital e do “VISUAL HUMAN PROJECT”, a sua construção, e versamos o processo de “renderização / reformatação” do corpo da medicina até ao século XXI. Ponderamos o modo como as imagens médicas digitais, ás quais está associada uma determinada “expertise” estão sustentadas em conjuntos de classificações sob a forma de padrões de normalidade.
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