Perceções da história da tuberculose: Novalis e a idealização romântica
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_36_1Palavras-chave:
Tuberculose pulmonar, Novalis, romantismo, social da tuberculoseResumo
A tuberculose tem afetado a população mundial desde tempos antigos, sendo conhecida pelos médicos hipocráticos, não tendo sido, no entanto, completamente compreendida na sua complexa abordagem. A partir do século XVIII, tornou-se altamente devastadora, tendo produzido um grande impacto sociológico, até que Robert Koch (1843–1910), em 1882, identificou o seu agente patogénico. A sua descoberta permitiu uma progressiva identificação e controlo das doenças infeciosas. Novalis, pseudónimo de Georg Philipp Friedrich von Hardenberg (1772–1801), um dos primeiros representantes do romantismo alemão, foi marcado pelo sofrimento e morte de sua noiva, Sophie von Kühn (1782–1797), que morreu vitimada por um abscesso hepático que surgira como uma complicação de tuberculose pulmonar, é um dos principais fundadores da idealização romântica da doença que durou até ao controlo da endemia. A medicina atual tende a identificar a doença que atingiu Novalis como mucoviscidose (fibrose quística do pâncreas). O seu nome, no entanto, ficará sempre associado à peste branca, a temível e etérea doença que matou e inspirou jovens artistas e poetas geniais.
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