A função das sensações no processo de conhecimento segundo Heráclito. Segunda parte: o uso indireto das sensações.
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_13_7Palavras-chave:
Heráclito, Sensações indiretas, Conhecimento, EpistemologiaResumo
Na segunda parte do artigo são examinadas prin-cipalmente a visão e a audição a fim de determinar os diferentes tipos de indiretividade das sensações bem como suas vantagens e desvantagens no processo de conhecimento. Duas são as indire-tividades com alguma relação com a visão, uma positiva e outra negativa. Primeiro há o caso do sonho no qual o adormecido vê coisas que estariam relacionadas à sua vida enquanto desperto. Informações adquiridas assim devem ser descartadas pois não são nada além de ilusão. Por outro lado ao se utilizar a visão enquanto acordado o humano tem a capacidade da teoria da mente. Assim ele pode ver os outros animais tendo sensações e interpretar sua reação a elas. Este tipo de informação deve ser considerado no processo de conhecimento. O caso da audição também traz uma indiretividade positiva e outra negativa. A negativa é quando os ouvidos são utilizados para escutar os relatos de terceiros que pensam ter uma compreensão particular do mundo. Estas compreensões apenas são aproveitáveis como contra-exemplos. Ao contrário da visão, no caso da audição, é no seu sentido metafórico que ela é positiva. Todo humano tem a capacidade de razão, e é ouvindo-a que ele deve interpretar as informações sensoriais. Por fim é apresentado um esquema completo do processo sensório entendido por Heráclito.
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Referências
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