Formas e sabores
alimentação e cerâmica em Portugal (séculos XVI - XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8657_61_7Palavras-chave:
cerâmica, alimentação, arqueologia, documentação, Idade ModernaResumo
A cultura material associada à produção e consumo de alimentos, nomeadamente a cerâmica, representa o maior volume dos conjuntos arqueológicos exumados em contextos portugueses de Idade Moderna. Panelas, tachos, frigideiras, pratos, tigelas ou salseiras, produzidos em cerâmica comum ou vidrada, testemunham tanto os distintos processos de preparação dos alimentos ou modos de apresentação destes à mesa, como as tecnologias de produção cerâmica disponíveis à época, as formas, decorações, origens e contextos de utilização dos objectos que a análise arqueológica, isoladamente, não permite entender na sua totalidade. Assim, e para o período moderno, apresenta-se como essencial o cruzamento dos dados arqueológicos com as fontes documentais coevas. Livros de receitas, registos de despesa, cartas, entre outros, permitem inferir um vasto leque de características: a que tipo de formas estariam associados determinados preparados culinários, de que forma eram servidos e acondicionados os alimentos ou qual o valor simbólico que determinadas peças teriam? Tenta-se assim uma aproximação semiótica à utilização da cerâmica em contexto alimentar no que respeita à sua forma, cor e mesmo odor que, no lato universo alimentar, despertaria diversos sentidos além do gosto.
Downloads
##submission.downloads##
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Conimbriga

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.