Entre a politização da cobertura e a defesa do campo
Dilemas do jornalismo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-6019_17_2Palavras-chave:
Jornalismo político, organizações jornalísticas, populismo, rotinas de produçãoResumo
O objetivo deste trabalho é discutir um conjunto de transformações verificadas na gramática de produção jornalística que resultam em uma crescente politização da cobertura. Mais precisamente, sustenta-se que, em contradição com os princípios da imparcialidade e da objetividade reivindicados pelo campo do Jornalismo no Brasil, há evidências de alterações nas conexões organizacionais de empresas do ramo informacional e na tendência dos profissionais de imprensa de atuarem na vida política. Se, por um lado, a politização tem a ver com a necessidade de sobrevivência das empresas jornalísticas (que lutam para manter sua legitimidade em um cenário financeiro desafiador), por outro, existe o risco de que uma abordagem percebida como tendenciosa altere os acordos que o campo dos media estabelece com o público. Ao extrapolar determinados limites na ânsia de refutar políticos adversários, acaba-se colocando em dúvida o compromisso das organizações jornalísticas com a defesa do interesse público.
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