A dimensão social da morte: reflexão teórica sobre práticas funerárias no Portugal Pós-Medieval
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7982_42_1Palavras-chave:
Práticas funerárias, Bioarqueologia, Arqueotanatologia, Desigualdades sociais, Pós-MedievalResumo
As práticas funerárias e as necrópoles fornecem informes sobre como as sociedades conceptualizam a morte, proporcionando, igualmente, uma perspetiva acerca dos contextos sociais, económicos e culturais das comunidades. A intersecção de dados arqueológicos, da história das mentalidades, de fontes iconográficas e documentais e da antropologia sociocultural, enriquece a compreensão dos discursos sobre a morte, das suas representações simbólicas e das atitudes ante a morte. Os indicadores funerários, como as sepulturas e a sua distribuição espacial, o tipo de inumação, a posição e orientação do corpo e o espólio votivo, revelam a integração do defunto na comunidade e o seu estatuto socioeconómico. O presente artigo aborda os indicadores supramencionados com o intuito de promover uma compreensão mais aprofundada dos contextos culturais, sociais e económicos das comunidades, centrando-se no período Pós-Medieval Português, entre 1450 e 1835. Destaca ainda a importância da multidisciplinaridade para uma interpretação holística das práticas funerárias. O estudo dos remanescentes esqueléticos, das características das inumações e da cultura material é essencial para garantir interpretações mais abrangentes das práticas funerárias e das dinâmicas sociais da comunidade. Todavia, esta investigação exige profissionais com vasta experiência de campo e conhecimento especializado em arqueologia, antropologia biológica e forense e bioarqueologia.
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