Zenão e a impossibilidade da analogia
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_12_3Palavras-chave:
Zenão de Eléia, paradoxos, reductio ad absurdum, invisível, analogiaResumo
A reductio ad absurdum foi elevada por Zenão de Eléia a único método que permitiria vislumbrar a verdadeira realidade, invisível tanto aos sentidos quanto à maneira de pensar comum. Mostrando uma certa continuidade com os filósofos anteriores, não só na busca de um procedimento para que a especulação pudesse avançar, como também na mesma rota de afastamento daquilo que é mais próximo, conhecido e particular (visível) em direção àquilo que é menos conhecido, distante e universal (invisível), para dizê-lo em termos aristo-télicos, Zenão utilizou-se de argumentos aporéticos como único caminho possível para poder entrever o ‘reino do Ser’. Esse, com efeito, é invisível não somente aos nossos sentidos, como também ao nosso raciocínio ordinário. Eis que somente a ‘via do não-ser’, a única que poderia ser trilhada após Parménides, como diz Wolff, nos permite ter uma ideia, por quanto vaga, daquilo que é ‘verdadeiramente invisível’. Tão invisível ao ponto de ser inalcançável até mesmo pelo pensamento
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Referências
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