Sobre as evidências textuais das raízes egípcias do mito de Thoth no Fedro de Platão
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_35_09Palavras-chave:
Platão, Fedro, Egito, Thoth, EscritaResumo
O mito de Thoth no Fedro alude explicitamente ao Egito e é possível encontrar paralelos com textos escritos em egípcio, evidenciando que Platão teria algum conhecimento sobre a Filosofia Egípcia. Este artigo destacará alguns paralelos e comentará a bibliografia a respeito, pois são artigos e capítulos escritos em línguas diferentes e que não conversam entre si. A exposição comentará o Livro de Thoth e discutirá as semelhanças temáticas com o conto Setne I, em relação ao papel duplo da escrita como φάρμακον. Em seguida, apresentará a relação entre textos egípcios e o Fedro. Com isso, será possível não só mostrar o estado da arte desta discussão, mas aprofundar questões relacionadas a essas duas concepções divergentes quanto ao papel da escrita e a transmissão do conhecimento.
Downloads
Referências
ARAÚJO, E. (2000) Escrito para a eternidade a literatura no Egito faraônico Brasília, Editora UnB.
CLARYSSE, W. (1993). Egyptian Scribes writing Greek. Chronique d’Egypte 68, n. 135-136, p. 186-201.
COLLARD, C.; CROPP, M. (eds.) (2008). Euripides. Fragments Oedipus-Chrysippus. Other Fragments Cambridge, Harvard University Press.
DERRIDA, J. (2005). A Farmácia de Platão Rio de Janeiro, Iluminuras.
JASNOW, R. (2011). “Caught in the Web of Words” - Remarks on the Imagery of Writing and Hieroglyphs in the Book of Thoth. Journal of the American Research Center in Egypt 47, p. 297-317.
JASNOW, R. (2016). Between Two Waters: The Book of Thoth and the Problem of Greco-Egyptian Interaction. In: RUTHERFORD, I. (ed.). Greco-Egyptian Interactions: Literature, Translation, and Culture, 500 BC-AD 300 Oxford, Oxford University Press, p. 317-356.
JASNOW, R.; ZAUZICH, K.-T. (2014). Conversations in the house of life: a new translation of the ancient Egyptian Book of Thoth Wiesbaden, Harrassowitz.
JASNOW, R.; ZAUZICH, K.-T. (2005). The Ancient Egyptian Book of Thoth: A Demotic Discourse on Knowledge and Pendant to the Classical Hermetica Wiesbaden, Harrassowitz .
JASNOW, R.; ZAUZICH, K.-T. (2021). The Ancient Egyptian Book of Thoth II: Revised Transliteration and Translation, New Fragments, and Material for Future Study Wiesbaden, Harrassowitz.
MAHÉ, J.-P. (1996). Preliminary Remarks on the Demotic Book of Thoth and the Greek Hermetica. Vigiliae Christianae 50, n. 4, p. 353-363.
MATHIEU, B. (2015). En ce temps-là… Voyage d’un incipit narratif égyptien des bords du Nil à l’Agora (Platon, Phèdre, 274d). Nova Studia Aegyptiaca 9, p. 381-392.
MATHIEU, F. (2013). Platon, l’Egypte et la question de l’âme Montpellier, TheBookEdition.
MATHIEU, F. (2014). Platon: Un regard sur l’Egypte Dissertation. Université Paul-Valéry, Montpellier.
MUNIZ, F. (2012). Platão. Filebo Rio de Janeiro, Loyola.
NIFOSI, A. (2023). Petteia, Kubeia, and Grammata: Thoth’s Connection with Senet and Knucklebones in Ancient Egypt. Journal of Near Eastern Studies 82, n. 2, p. 303-325.
NOGUERA, R. (2013). A ética da serenidade: O caminho da barca e a medida da balança na filosofia de Amen-em-ope. Ensaios Filosóficos 8, p. 139-155.
OBENGA, T. (2004). Egypt: Ancient History of African Philosophy. In: WIREDU, K. et al. (eds.). A Companion to African Philosophy Malden, Blackwell.
POETSCH, C. (2021). Das Thothbuch: eine ägyptische Vorlage der platonischen Schriftkritik im Phaidros? Archiv für Geschichte der Philosophie 103, n. 2, p. 192-220.
QUACK, J. (2007a). Die Initiation zum Schreiberberuf im Alten Ägypten. Studien zur Altägyptischen Kultur 36, p. 249-295.
QUACK, J. (2007b). Ein ägyptischer Dialog über die Schreibkunst und das arkane Wissen. Archiv für Religionsgeschichte 9, n. 1, p. 259-296.
QUACK, J. (2020) Das Ritual zum Eintritt in die Kammer der Finsternis. In: SCHWEMER, D.; JANOWSKI, B. (eds.). Texte zur Wissenskultur Gütersloh, Gütersloher, p. 439-467.
QUAEGEBEUR, J. (1997). Books of Thoth Belonging to Owners of Portraits? On Dating Late Hieratic Funerary Papyri. In: BIERBRIER, M. (ed.). Portraits and masks: burial customs in Roman Egypt London, British Museum Press, p. 72-77.
RAMSEY, S. (2022). Psychopompos: Thoth, Plato’s Phaedrus, and the Context of Egyptian Mythic Rhetoric. Rhetorica 40, n. 3, p. 233-255.
RAVEN, M. (2012). Egyptian Magic: The Quest for Thoth’s Book of Secrets Cairo, American University in Cairo Press.
RITNER, R. (1993). The Vocabulary of Magic. In: RITNER, R. The Mechanics of Ancient Egyptian Magical Practice Chicago, Oriental Institute of University of Chicago, p. 29-72.
ROSSI, D. (2017). Platão. Protágoras São Paulo, Perspectiva.
SOUZA, J. (2016). Platão. Fedro São Paulo, Editora 34.
STEINBACH-EICKE, E. (2018). Experiencing is Tasting - Perception Metaphors of Taste in Ancient Egyptian. In: WERNING, D. (ed.). Proceedings of the Fifth International Conference on Egyptian-Coptic Linguistics Hamburg, Widmaier, p. 373-390.
TRABATTONI, F. (2013). Oralidade e Escrita em Platão Florianópolis, Editora da UESC.
VEGETTI, M. (2010). Dans l’ombre de Thoth. Dynamiques de l’écriture chez Platon. In: DETIENNE, M. (ed.). Les savoirs de l’écriture en Grèce Ancienne Villeneuve d’Ascq, Presses Universitaires du Septentrion, p. 387-419.
VILLING, A. (2022). Mediterranean Encounters: Greeks, Carians, and Egyptians in the First Millennium BC. In: SPIER, J.; COLE, S. (eds.). Egypt and the Classical World: Cross-Cultural Encounters in Antiquity Los Angeles, Getty Museum, p. 15-41.
VINSON, S. (2017). The Craft of a Good Scribe: History, Narrative and Meaning in the First Tale of Setne Khaemwas Leiden, Brill.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Carlos Carvalhar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dado o acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista. O conteúdo das publicações é de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
1. Os autores autorizam a publicação do artigo na revista.
2. Os autores garantem que a contribuição é original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.
3. Os autores garantem que a contribuição que não está em processo de avaliação em outras revistas.
4. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License-BY.
5. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
6. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
7. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.