O que é “verdadeiro, mas não esclarecedor” segundo a Ética Eudêmia.
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_20_9Palavras-chave:
método, ética, verdade, esclarecimentoResumo
Em Ética Eudêmia I 6, Aristóteles caracteriza o avanço da investigação ética como uma substituição progressiva do que é a) dito com verdade, mas não de modo esclarecedor pelo que é b) verdadeiro e esclarecedor. Usualmente, a passagem de a) para b) é interpretada como superação de uma primeira apreensão obscura e confusa do objeto de estudo por uma exposição mais acurada e con+ável do mesmo. Neste trabalho, sustento que a compreensão do papel metodológico de a) depende de sua dissociação das noções de obscuridade e confusão. Trata-se antes de uma primeira apreensão indistinta (mas não confusa) do objeto de investigação. É em virtude de sua indistinção e não de obscuri-dade que se deve seu caráter insu+cientemente esclarecedor.
Downloads
Referências
ALLAN, D. J. (1961). Quasi-mathematical method in the Eudemian Ethics. In: MANSION, S. (ed.). Aris-tote et Les Problèmes de Méthode. Louvain, Éditions de L'Institut Supérieur de Philosophie, p. 303-3018
ANGIONI, L. (2011). Aristóteles. Ética a Nicômaco, Livro VI. Dissertatio 34, p.285-300
BARNES, J. (1980). Aristotle and the methods of ethics. Revue Internationale de Philosophie, v. 34, p.490-511
BEKKER, I. (1831) (ed.). ΠΕΡΙ ΤΑ ΖΩΙΑ ΙΣΤΟΡΙΩΝ. Berlin, G. Reimer
_____. (1831). (ed.). PHTORIKH PROΣ AΛEΞANΔPON. Berlin,G. Reimer
BUDDENSIEK, F. (1999). Die 8eorie des Glücks in Aristoteles' Eudemischer Ethik. Göt-tingen, Vandenhoeck & Ruprecht. https://doi.org/10.13109/9783666252228
BYWATER, I. (1894). (ed.). Aristotelis. Ethica Ni-omachea. Oxford, Clarendon.
DALIMIER, C. (2013). Aristotle. Éthique a Eudème. Paris, Flammarion
DÉCARIE,V. (1984). Aristote. Éthique a Eudème. Paris, Vrin
DIRLMEIER, F. [1963] (1984). Aristoteles. Eude-mische Ethik. Berlin, Akademie Verlag. https://doi.org/10.1524/9783050048741
FREDE, D. (2012). >e endoxon mystique: what en-doxa are and what they are not. Oxford Studies in An-cient Philosphy 43, p.185-215 https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199666164.003.0007
INWOOD, B.; WOOLF, R. (2013). Aristotle. Eu-demian Ethics. Cambridge, Cambridge U. P.
IRWIN, T. (1999). Aristotle. Nicomachean Ethics. Indianapolis, Hackett.
JOST, L. J. (1991). Eudemian Ethical Method. In: AN-TON, J. P.; PREUS, A. (eds.). Essays in ancient Greek phi-losophy IV. Albany, State University of New York Press
KARBOWSKI, J. (2015a). Phainomena as wit-nesses and examples: the methodology of Eudemian Ethics I 6. Oxford Studies in Ancient Philosophy v. 49, p. 193-226.
_____(2015b). Endoxa, facts, and the starting points of the Nicomachean Ethics. In: HENRY, D.; NIELSEN, K. M. (eds.). Bridging the gap between Aristotle’s science and ethics. Cambridge, Cambridge U. P., p.113-129 https://doi.org/10.1017/CBO9780511846397.007
KASSEL, R. (1965). (ed.). Aristotelis De Arte Poetica Liber. Oxford, ClarendonKENNY, A. (1978). 8e aristotelian ethics. Ox-ford, Clarendon. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245544.001.0001
_____ . (2011). Aristotle. 8e Eudemian Ethics. Ox-ford, Oxford U.P.
KONSTAN, D. (1975). A Note on Aristotle Physics 1.1. Archiv für Geschichte der Philoso-phie, n.º57, p. 241-245. https://doi.org/10.1515/agph.1975.57.3.241
LEE, H. D. (1952) (ed.). Aristotle. Meteorologica. Cambridge, Harvard U.P.
LESHER, J. (2010). Saphêneia in Aristotle: ‘Clar-ity’, ‘Precision’, and ‘Knowledge’. Apeiron, p.143-156. https://doi.org/10.1515/apeiron.2010.43.4.143
LIDDELL, H.; SCOTT, R.; JONES, H. S. [1843] (1996). A Greek English lexicon. Oxford, Clarendon
NATALI, C. (2007). Rhetorical and scienti+c as-pects of Nicomachean Ethics. Phronesis 52, p. 364-381. https://doi.org/10.1163/156852807X229258.
_____ (2010). Posterior Analytics and the de+nition of happiness in NE I. Phronesis 55, p.304-324. https://doi.org/10.1163/156852810X523905
NUSSBAUM, M. C. [1986] (2001). 8e fragility of goodness. Cambridge, Cambridge U. P. https://doi.org/10.1017/cbo9780511817915
OWEN, G. E. L. (1961) Tithenai ta phainomena. In MANSION, S. (ed.). Aristote et les problèmes de méthode. Louvain. Éditions de L' Institut Supérieur de Philosophie, p.83-103.PECK, A. L. (1942). Aristotle. Generation of Animals. Cambridge, Harvard University Press.
_____ (1965). Aristotle. Historia Animalium.Cambridge, Harvard University Press.PRITZL, K. (1994). Opinions as appearances: en-doxa in Aristotle. Ancient Philosophy, n.º14, p. 41-50.
RACKHAM, H. (1935). Aristotle. 8e Eudemian Ethics. London, Heinemann. https://doi.org/10.5840/ancientphil199414148ROSS, D. (1925). Ethica Nicomachea. In: ROSS, D. 8e works of Aristotle, V. IX. Oxford, Clarendon.
ROSS, D. (1936). Aristotle’s Physics – A revised text with introduction and commentary by W. D. Ross. Oxford, Clarendon.
_____(1958). Aristotelis. Topica et Sophistici Elenchi. Oxford, Clarendon Press.
_____(1949). Aristotle’s Prior and Posterior Analytics. Oxford, Clarendon.
_____(1956). Aristotelis. De Anima. Oxford, Clarendon.SALMIERI, G. (2009). Aristotle’s Non-‘Dialectical’ Methodology in the Nicomachean Ethics. Ancient Phi-losophy, vol. 29, p. 311-335. https://doi.org/10.5840/ancientphil200929228
SIMPSON, P. (2013). 8e Eudemian Ethics of Aris-totle. New Brunswick. Transaction.
SOLOMON, J. (1925). Ethica Eudemia. In ROSS, D. 8e works of Aristotle, V. IX, Oxford, Clarendon.SUSEMIHL, F. (1884). (ed.). Aristoteles. Ethica Eu-demia. Leipzig, Teubner.
VERDENIUS, W. J. (1971). Human reason and God in the Eudemian Ethics. In: MORAUX, P.; HARLFINGER, D. (eds.). Untersuchungen zur Eudemischen Ethik. Berlin, De Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110853872.285
WALZER, R. R.; MINGAY, J. M. (1991). (eds.). Aristotelis. Ethica Eudemia. Oxford, Clarendon.WEBSTER, E. W. (1931) Meteorologica. In: ROSS, D. 8e works of Aristotle, V. III, Oxford, Clarendon.
WOODS, M. [1982] (1992). Aristotle. Eudemian Eth-ics, Books I, II and VIII. Oxford, Oxford University Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Raphael Zillig

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dado o acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista. O conteúdo das publicações é de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
1. Os autores autorizam a publicação do artigo na revista.
2. Os autores garantem que a contribuição é original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.
3. Os autores garantem que a contribuição que não está em processo de avaliação em outras revistas.
4. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License-BY.
5. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
6. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
7. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.








