Johann J. Winckelmann e Aby Warburg: diferentesolhares sobre o antigoe seus tempi
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_18_5Palavras-chave:
o antigo na historiografia da arte, Johann J. Winckelmann, Aby Warburg, pathos, anacronismoResumo
O artigo parte de diferentes recepções do grupo es-cultórico Laocoonte desde a Antiguidade e suas repercussões nas produções artística e teórica sobre arte. A discussão apresenta-da explora a proposta de compreender a história da artepor ge-orges Didi -Huberman, segundo uma dialética na qual Johann J. Winckelmann representaria, no século XViii, uma antítese do modelo historiográfico artístico quinhentista de giorgio Vasari. Winckelmann inaugurou um modelo que se pretendia objetivo e cujas premissas teórico -metodológicas permitiram olhar para a antiguidade clássica, valorizando a arte grega em detrimento da romana. Mas Aby Warburg escaparia a este grande desenho do mainstream da história da arte, lançando outro olhar sobre o antigo, sob uma proposta teórico -metodológica de diferente natureza. Assim, o artigo propõe pensar uma ligne de partage entre ambos os historiadores da arte que articula três entradas conceituais: o “retorno” ao/do antigo; o clássico e o pathos;o modelo de tempo da história da arte, que resultaram em leituras tão díspares do Laocoonte. O artigo pretende esboçar a questão da repercussão da diferenciação desses três eixos conceituais nos dois historiadores da arte sobre a recepção do antigo pela historiografia da arte contemporânea.
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