A transmigração da causalidade no Fédon de Platão
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_16_9Palavras-chave:
Causalidade, Formas, Participação, PalingenesiaResumo
No diálogo que encena a última fala filosófica de sócrates, Platão examina o tema da morte: sócrates recor-re ao acervo tradicional dos Mistérios para encontrar ima-gens que possam justificar sua atitude insólita diante da morte. A própria definição de morte pressupõe a realidade e a subsistên-cia da alma. sem definir a alma, Platão reconfigura os axiomas tomados da heterogeneidade dos Mistérios. essa reconfiguração de antigas crenças resulta na transmigração causal que modela a hipótese das Formas. A composição do mito final surge após um longo percurso dialético que restabelece a razoabilidade discur-siva de imagens qualificadas como um “nobre risco”. A finalidade desta análise é identificar o itinerário pelo qual o ‘nobre risco’ da palingenesia constrói o axioma e princípio causal das Formas como explanação sobre a verdade e natureza de todos os seres
Downloads
Referências
ANNAs, J. (1982). Plato’s Myths of Judgement. Phrónesis, 27p. 119 -143.ANDreW, G. (2013). The Presocratics and the Su‑pernatural: Magic, Philosophy and Science in Early Greece. London, bloomsbury.bALoT, r., (2001). Greed and Injustice in Classical Athens. Princeton, Princeton u. P.berNAbÉ, A.; CAsADesÚs, F. (eds.) (2008). Or‑feo y la Tradición Órfica. 2 vols.Madrid, Akai.berNAbÉ, A.; sAN CrisTÓbAL, A. i. J. (2001). Instrucciones para el Más Allá. Madrid, ed. Clássicas.berNAbÉ, A. (2005). Poetae Epici Graeci. Pars ii, Fasc 2, Leipzig, W. De Gruyter._(2007). Poetae Epici Graeci, Pars ii, Fasc 3. Leipzg, K. G. saur._(2011). Platão e o Orfismo. são Paulo, Loyola._(2013). εἶδος en los filósofos presocráticos. in: roMero, F. G.; serrANo, P. G.; MuÑoZ, F. h.; sÁeNZ, o. o. (eds.). ΤΗ ΓΛΩΣΣΑ ΜΟΥ ΕΔΩΣΑΝ ΕΛΛΗΝΙΚΗ. berlin, Logos, p. 91 -104.berNAbÉ, A.; KAhLe, M.; sANTAMArÍA, M. A. (ed.) (2011). Reencarnacíon. Madrid, Abada.beTeGh, G. (2004). The Derveni Papyrus: Cosmol‑ogy, Theology, and Interpretation. Cambridge, CuP.
borGeAuD, P. (ed.) (1919). Orphisme et Orphée.Paris, Droz.boYANCÉ, P. (1993). Le Culte des Muses chez les Philosophes Grecs. Paris, De broccard.breMMer, J. N. (2002). The Rise and Fall of the Afterlife. London, routledge.brissoN, L. (1995).Orphee et L'Orphisme Dans L'Antiquite Greco ‑Romaine. Paris, Variorum.burKerT, W. (2005). Homo Necans. Paris, Les belles Lettres._(1972). Lore and Science in Ancient Pythagorean‑ism.London, harvard university Press._(1993). Religião Grega na Época Clássica e Arcai‑ca. Lisboa, Calouste Gulbenkian.ChANTrAiNe, P. (1968). DictionnaireÉtymologi‑que de la Langue Grecque. Paris, Klincksieck.CherNiss, h. (1936). The Philosophical econo-my of Theory of ideas. AJPh 57, p. 445 -456.CArriÉre, J -C.; MAssoNie, b. (1991). La Bi‑bliotèque d’Apollodore. Paris, Les belles Lettres.CArrATeLi, P. G. (2003). Les lamelles d’or orphi‑ques. Paris, Les belles Lettres.CANTo, M. (trad.) (1993). Platon. Gorgias. Paris, Flammarion.CorNeLLi, G. (2011). O Pitagorismo como Cate‑goria Historiográfica. são Paulo, Annablume.
CAsADio, G., JohNsToN, P. (eds.) (2009). Mys‑tic cults in Magna Graecia. Austin, university of Texas Press.CoPPer, J. M. (1997). Plato: CompleteWorks. in-dianapolis, hackett P.DeLATTe, A. (1999). Études Sur La Littérature Pyi‑thagoricienne.Genève, slaktines reprintsDorTer, K. (1982). P l at o’s Phaedo: An Interpre‑tation. Toronto, university of Toronto Press.De VoGeL, C. J. (1966). Pythagoras and Early Py‑thagoreanism. Assen, Van Gorcum.DeWiNCKLeAr, D. (2010). Philosophie et ini-tiation dans l'Œuvre de Platon. Revue de Philosophie Ancienne 1, p. 29 - 65. DiXsAuT, M. (1991). Platon: Phédon. Traduction, introduction et notes. Paris, GF -Flammarion. _(2001). Le Naturel Philosophe.Paris, Vrin._(1991). ousia, eîdos et idea dans le Phédon. Revue Philosophique de la France et de l’Étranger 4, p. 479--500._(2000). Platon et la Question de la Pensée. Paris, Vrin._(2003). Platon: Le Désir de Comprendre. Paris, Vrin._(2013). Platon et la Question de l'Âme. Paris, Vrin.
DoDDs, e. r., (2002). Plato. Gorgias. oxford, Clarendon Press.eDMoNDs iii, r. e. (2009). Myths of the Under‑world Journey. Cambridge, CuP._(2011). The "Orphic" Gold Tablets and Greek Reli‑gion. Cambridge, CuP.eLiADe, M. (1959). Initiation, rites, societies se‑cretes. Paris, Gallimard.GrAF, F.; JohNsToN, s. i. (2007). Ritual Texts for the Afterlife: Orpheus and the Bacchic Gold. New York, routledge.GreGorY, A. (2013). The Presocratics and the Supernatural: Magic, Philosophy and Science in Early Greece. London, bloomsbury.horKY, P. s. (2013). Plato and Pythagoreanism. oxford. ouP.huFFMAN, K. (1998). Philolaus of Croton. Cam-bridge, CuP._(1995). Archytas of Tarentum,Cambridge. CuP.huFFMAN, C. (ed.) (2014). A History of the Py‑thagoreanism. Cambridge, CuP.irWiN, T. (1979). Plato. Gorgias. Translation. ox-ford, Clarendon Press.JACKsoN, r. LYCos, K. TArrANT, h. (1998). olympiodorus. Olympiodorus Commentary on Plato’s Gorgias. Translation. Leiden, brill.
JourDAiN, F. (2003). Le Papyrus de Derveni. Pa-ris. Les belles Lettres.KAhN. C. (2001). Pythagoras and Pythagoreans. indianapolis, hackett.KiNGsLeY, P. (1995). Ancient philosophy mystery, and magic. oxford, ouP.LeDerMAN, L. M.; hiLL, C. T. (2004). Symme‑try and the Beautiful Universe. New York, Prometheus books.LuChTe, J. (2009). Pythagoras and the Doctrine of Transmigration. London, bloomsbury.MACChioro, V. D. (1930). From Orpheus to Paul. New York, Kessinger.MATTÉi, J. F. (1996). Platon et le Mirroir du Mythe. Paris, P.u.F.MorAND, A. F. (2001). Études sur les hymnes orphiques, Leiden.MorGAN, K. (2004). Myth and Philosophy: From Presocratics to Plato. Cambridge and Los Angeles, CuP.MoTTe, A.; ruTTeN C.; soMViLLe, P. (2003). Philosophie de la Forme: EIDOS, IDEA, MORPHÈ, dans la Philosophie Grecque des Origines à Aristote. Paris, ed. Peeters.NiGhTiNGALe, A. (2004). Spetacles of Thruth in Classical Greek Philosophy. Cambridge, CuP.
NuNes sobriNho, r. G. (2007). Platão e a Imor‑talidade; mito e argumentação no Fédon. uberlândia, edufu._(2011). “Necessidade e escolha: o mito de er”. in: XAVier, D. G; CorNeLLi, G. (eds.). A República de Platão. são Paulo, Loyola._(2011b). “iniciação ao princípio”, Archai 6, p. 63 -74.PÉriLLiÉ, J. L. (2005). Symmetria et Rationalité Harmonique: Origine pythagoricienne de la notion grecque de symétrie. Paris, harmattan._(2008). Platon et les Pythagoriciens. Paris, ousia.PrADeAu, J. F. (2001). Platon et les formes inteligi‑bles. Paris, PuF.ViCAire, P. (1983). Platon. Phédon.introducion, traduction et notes. Paris, Les belles Lettres. sTruCK, P. (2004). Birth of the Symbol. Princeton and oxford.TAYLor, T. (1818). Iamblichus’ Life of Pythagoras. London.TsANTsANoGLou, K., PArAssouGLu, G. KouruMeNos, T. (2007). The Derveni Papyrus, Fi-renze olschki.usTiNoVA, Y. (2009). Caves and the Ancient Greek Mind. oxford.WesT, M. L. (1983). The Orphic Poems. oxford, Clarendon.
ZuCKerT, C. (2009). Plato ́s Philosophers. Chi-cago, university of Chicago Press
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rubens Nunes Sobrinho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dado o acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista. O conteúdo das publicações é de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
1. Os autores autorizam a publicação do artigo na revista.
2. Os autores garantem que a contribuição é original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.
3. Os autores garantem que a contribuição que não está em processo de avaliação em outras revistas.
4. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License-BY.
5. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
6. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
7. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.








