Bocage e Filinto: duas maneiras de traduzir os clássicos
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-7260_60_12Palavras-chave:
Bocage, Filinto, Lucano, Estudos de traduçãoResumo
A diferente modulação estilística de Bocage e Filinto Elísio ao traduzir o poeta épico latino Lucano (séc. I d. C.) manifesta duas vertentes distintas entre as práticas de tradução literária lusófona do séc. xviii em diante. Cada um desses poetas oferece nas suas versões de Lucano um resultado estético singular: Bocage privilegia a língua de chegada e procura acomodar o latim às leis de naturalidade, clareza e simplicidade sob as quais ele próprio praticava poesia; Filinto Elísio procura uma tradução mais literal do poeta latino, preservando elementos do texto de partida tanto no nível lexical como no nível sintagmático, seguindo de perto as dificuldades e obscuridades próprias do poema de Lucano. Essas duas maneiras de traduzir refletem vertentes literárias e estéticas, identificadas já por Garrett, que ficaram conhecidas posteriormente por Elmanismo e Filintismo.
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