UM CONTEXTO E UM LUGAR PARA OS DISCOS DE OURO DA I IDADE DO FERRO DE FORTIOS (PORTALEGRE, ALTO ALENTEJO, PORTUGAL)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8657_53_2Palavras-chave:
discos, ourivesaria, I Idade do Ferro, depósito, Alentejo (Portugal)Resumo
Conhecido desde finais dos anos trinta do séc. XX, o designado “tesouro de Fortios”, constituído originalmente por oitenta e oito discos de ouro de que se localizaram sessenta e oito, todos iguais, é estudado numa perspectiva que atende a diversas problemáticas: historiográfica, contextual, tipológica, tecnológica, funcional, cronológica, cultural e simbólica. Apoiando-se em documentação inédita ou pouco valorizada, completada com trabalho de campo, os autores identificam o local e contexto de achado (em recipiente cerâmico) deste depósito, que é possível associar a lugar em altura de provável cariz habitacional. Tal como outros discos com os quais se compara, o conjunto é atribuído aos inícios da Idade do Ferro, revelando a nível tecnológico e estilístico uma nova forma de fabrico com produções em série, economia de tempo, uso da filigrana e da solda. Acredita-se que estas delicadas peças seriam aplicadas sobre vestuário de prestígio e, por ventura, também sagrado, de elevado valor conotado com a simbologia solar.
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