Classificação de risco de barragens por índices de risco – um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.24849/j.geot.2014.132.09Palavras-chave:
Barragens, segurança, análise de risco, índices de riscoResumo
No Brasil a Lei Federal nº 12 334/2010, estabeleceu a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), cujo objetivo é estabelecer a linha de base para avaliação e acompanhamento da imple mentação da referida política, servindo como ferramenta de análise de sua efetividade na redução de acidentes e na melhoria da gestão da segurança das barragens brasileiras. A lei esclareceu e reforçou a responsabilidade legal do empreendedor em manter as condições de segurança de sua barragem, bem como definiu o respectivo órgão fiscalizador, em função do uso que é dado ao barramento. Definiu também uma série de instrumentos de gestão da segurança, tornando-os obrigatórios a partir de então, e dentre os instrumentos, estabeleceu, através da resolução CNRH nº 143/ 2012, o sistema de classificação por categoria de risco e de dano potencial associado. Neste sistema de classificação, certas características técnicas da barragem e do vale à jusante, cha madas de descritores, deverão ser pontuadas, resultando em valores que auxiliam na classificação da barragem em função do risco. Esta metodologia é conhecida como índice de risco. Neste trabalho dois destes índices, o índice global de risco e o índice da resolução CNRH Nº 143/ 2012, são aplicados a uma barragem de terra. Os resultados obtidos permitem realçar que estes métodos se relacionam diretamente com o tipo de barragem em questão e com as condições locais e ambientais em que as obras se inserem.
Downloads
Referências
ANA (2012). Relatório de Segurança de Barragens 2011. Brasília-DF.
Araújo, J.A.A. (coord.) (1990). Barragens no Nordeste do Brasil: experiência do DNOCS em barragens na região Semi-Árida. Fortaleza, DNOCS, 328p.
Baptista, M.L.P. (2009). Abordagens de riscos em barragens de aterro. Tese LNEC. Lisboa, Portugal.
Caldeira, L. (2008). Análise de Risco em Geotecnia. Aplicação a Barragens de Aterro. Programa de Investigação para obtenção de Habilitação para funções de Coordenação Científica, LNEC, Lisboa, 238 p.
Caldeira, L.; Silva Gomes, A. (2006). Portfolio Safety Assessment of Portuguese Fill Dams. Proc. 22nd International Congress on Large Dams, Question 86, volume III, pp 271-290, Barcelona.
CIGB (1982). Automated observation for the safety control of dams. Boletim 41. CNRH (2012). Resolução nº 143/2012. Seção 1 do D.O.U de 4 de setembro de 2012.
Cummis, P. (2003). Guidelines on risk assessment. ISBN: 0 731 027 620, Sydney, Austrália: Ed. Australian National Committee on Large Dams Inc. ANCOLD, 156 p.
INAG (Instituto da Água) (2001). Elementos de base para realização dos estudos do “Plano especial de inspecção 2001”, Lisboa, Portugal.
Menescal, R.A. (2009). Gestão da segurança de barragens no Brasil - Proposta de um sistema integrado, descentralizado, transparente e participativo. Tese. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, Fortaleza.
Miranda, A.N.; Malveira, V.T.C.; Jardim, W.F. (2011). Correção de trincas transversais na barragem Piaus. XXVIII Seminário Nacional de Grandes Barragens. Rio de Janeiro, Brasil.
Miranda, A.N. (2011). Notas de aula sobre segurança de barragens. Capacitação de profissionais integrantes dos órgãos gestores de recursos hídricos do estado do Ceará para o PISF. ANA. Brasília-DF.
Ott, W. (1979). Environmental indices – theory and practice. Ann Arbor Science Publishers, Michigan, USA.
Salmon, G.M.; Hartford, D.N.D. (1995). Risk Analysis for Dam Safety. International Water Power & Dam Construction, March, pp. 42-47.
SRB - Subcomissão dos Regulamentos de Barragens (1990). Regulamento de Segurança de Barragens. Decreto-Lei Nº 11/90. Portugal.
SRB - Subcomissão dos Regulamentos de Barragens. (1993). Normas de observação e inspecção de barragens. Portaria 847/93, Portugal.
Zuffo, M.S.R. (2005). Metodologia para a Avaliação de Segurança de Barragens. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas. Dissertação, Mestrado, 291 p.