Instabilidade de vertente em maciço granítico fracturado e alterado (Terras de Bouro, NW De Portugal)

Autores

  • Luís Ferreira Laboratório Ambiental de Estudos
  • Alberto Lima Universidade do Minho
  • Jorge Pamplona Universidade do Minho
  • Maria Braga Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.14195/2184-8394_123_4

Palavras-chave:

Estabilidade de vertentes, solos residuais graníticos, medidas de remediação

Resumo

O presente trabalho incide sobre a instabilidade de uma vertente que surgiu na região granítica da Serra do Gerês, na freguesia de Rio Caldo, concelho de Terras de Bouro (NW de Portugal), no Inverno de 2000 – 2001. O local é uma zona de falha preenchida por argila siltosa, pouco plástica, na qual a caulinite domina sobre a gibsite. Os solos residuais graníticos circundantes apresentam percentagens significativas de finos e teores elevados de minerais argilosos, nos quais a gibsite domina sobre a caulinite. A hipótese que se afigura como mais provável para explicar a instabilidade consiste num deslizamento composto sobre o plano de falha com uma outra componente curvilínea. Para o seu desencadeamento terá sido decisivo o grande volume de água infiltrada (2264 mm) e a diferença de características mecânicas entre a caixa de falha e os solos envolventes. Durante o período de estudo o local não apresentou sinais de movimentação. As medidas de remediação visam, essencialmente, a drenagem e a impermeabilização dos solos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADIST (1991). Imagem de Satélite do Parque Nacional da Peneda Gerês. Escala 1/50 000. Associação para o Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico.

ASTM D 2487-85 (1985). Standard Test Method for Classification of Soils for Engineering Purposes. Philadelphia.

Barton, N. (1988). Previsão do Comportamento de Aberturas Subterrâneas em Maciços Rochosos. Geotecnia, Lisboa, 53, pp. 7 – 49.

Begonha, A.; Sequeira Braga, M.A. (2002). Weathering of the Oporto Granite: Geotechnical and Physical Properties. Catena, 49, pp. 57 – 76.

Begonha, A. J. S. (1997). Meteorização do Granito e Deterioração da Pedra em Monumentos e Edifícios da Cidade do Porto. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga, 393 p.

Begonha, A.; Pamplona, J.; Sequeira Braga, M. A. (2010). Efeitos da Meteorização dos Granitos nas Propriedades Geotécnicas e Físicas. Ciências Geológicas – Ensino e Investigação e sua História, Vol. II (Cap. III), pp. 271 – 281.

Borges, L.; Correia, A. (2003). Escorregamentos de Terra e Queda de Blocos – O Exemplo do Passeio das Fontaínhas (Porto). A.P.G. – Associação Portuguesa de Geólogos Seminário “Riscos Geológicos” – 29 a 30 de Setembro,

(http://www.apgeologos.pt/docs/sem_riscos/escorregamentos.pdf.)

Cabral, J. (1992). Geomorfologia. Características Gerais do Relevo do Minho Ocidental. Carta Geológica de Portugal. Escala 1/200 000. Notícia Explicativa da Folha 1, Pereira, E. (coord), S.G.P. Lisboa.

Canas, A.; Lima, A. S.; Fonseca, J. (2003). Quantificação dos Recursos Hídricos Subterrâneos da Região de Montalegre (Norte de Portugal). Ciências da Terra, Volume Especial V, VI Congresso Nacional de Geologia, pp. 62 – 63. Publicação do artigo completo em CD-ROM.

Choubey, V. D. (1992). Landslide Hazards and their Mitigation in the Himalayan Region. Proceedings of the Sixth International Symposium on Landslides, 10 – 14 February, Christchurch, New Zeland, pp. 1849 – 1868.

Correia, A.G. (1988). Revisão da Classificação de Solos para Propósitos de Engenharia. Geotecnia, Lisboa, 52, pp. 75 – 90.

Cruden, D. M. (1991). A Simple Definition of a Landslide. Bulletin of the International Association of Engineering Geology, 43, pp. 27 – 29.

Custodio, E.; Llamas, M. R. (1983). Hidrologia Subterranea. 2ª ed.; Ed. Omega, 2 vols., 2359 p.

Ferreira, A. B. (1986). A Depressão de Chaves-Verin. Novas Achegas para o seu Conhecimento Geomorfológico. Est. Hom. M. Feio, pp. 199-222.

Ferreira, L; Lima, A. S. (2007). Hydrogeological Specificities Regarding Slope Instabilities: A Case Study in Rio Caldo – Terras de Bouro (NW Portugal). IAH Congress, Groundwater and Ecosystems, Lisbon. September 17-21, 2007, pp. 461 – 470.

GSI (2002). Users Guide Slope/w for Slope Stability Analysis: Version 5. Geo-Slope International, 624 p.

Hudson, J. A.; Harrison, J. P. (1997). Engineering Rock Mechanics. An Introduction to the Principles. Pergamon, 1ª edição, 444 p.

ISRM (1981). Weathering classification (Appendix III). Int. J. Rock Mech. Min. Sci. & Geomech. Abstr., vol. 18, pp. 85 – 110.

Langmuir, D. (1997). Aqueous Environmental Geochemistry. Prentice Hall, 589 p.

Lencastre, A.; Franco, F. M. (1992). Lições de Hidrologia. Universidade Nova de Lisboa, 2ª edição, 453 p.

Li, T.; Wang, S. (1992). Landslide Hazards and their Mitigation in China. Science Press, Beijing, 84 p.

Lima, A. S. (2001). Hidrogeologia de Terrenos Graníticos – Minho – Portugal. Tese de Doutora - men to, Universidade do Minho, Braga, 451 p.

Matos Fernandes, M. (1994). Mecânica dos Solos, I Volume. FEUP.

Medeiros, A. C.; Teixeira, C.; Lopes, J. T. (1975). Carta Geológica de Portugal na escala 1/50 000. Notícia Explicativa da Folha 5-B (Ponte da Barca). Serv. Geol. de Portugal, Lisboa.

NP-143 (1969). Determinação dos Limites de Consistência. LNEC.

NP-84 (1956). Teor dum Provete de Solo em Humidade. LNEC.

Pereira, E. (coord.) (1989). Carta Geológica de Portugal. Folha 1. Escala 1/200 000. Serv. Geol. de Portugal.

Reynolds, W. D.; Elrick, D. E. (1985). Measurement of Field-Saturated Hydraulic Conductivity, Sorptivity and the Conductivity-Pressure Head Relationship Using the “Guelph Permeameter”, Proceedings, National Water Well Association Conference on Characterization and Monitoring of the Vadose (Unsaturated) Zone, Denver, Colorado.

Schuster, R. L.; Fleming, R. W. (1986). Economic Losses and Fatalities due to Landslides. Bulletin of the Association of Engineering Geologists, 23 (1), pp. 11 – 28.

SEC (1991). 2800 KI Operating Instructions. Soilmoisture Equipment Corp., Santa Barbara, 28 p.

Sequeira Braga, M. A. (1988). Arenas e Depósitos Associados da Bacia de Drenagem do Rio Cávado (Portugal). Contribuição Para o Estudo da Arenização. Tese de Doutoramento, Univer sidade do Minho, Braga, 325 p.

Sequeira Braga, M. A.; Paquet, H.; Begonha, A. (2002). Weathering of Granites in a Temperate Climate (NW Portugal): Granitic Saprolites and Arenization. Catena, 49, pp. 41 – 56.

Sequeira Braga, M.A. (1999). Arenização: Interesse Geológico e Geomorfológico. Encontros de Geomorfologia. Conferências, Coimbra, pp. 31 – 55.

SNIRH (2005). Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, in http://snirh.inag.pt.

Soil Conservation Service (1964). SCS National Engineering Hand Book: Hydrology, Section 4. US Soil Conservation Service.

Thornthwaite, C. W. (1944). Report of the Committee on Transpiration and Evaporation, 1943-44. Transactions of the American Geophysical Union, 25, pp. 683 – 693.

Viana da Fonseca, A.; Matos Fernandes, M.; Cardoso, A. S.; Barreiros Martins, J. (1994) – Por tu - gue se Experience on Geothecnical Characterization of Residual Soils From Granite. XII ISSMFE, 1994, New Delhi, India.

##submission.downloads##

Publicado

2011-11-21

Edição

Secção

Artigos