Parâmetros intrínsecos da argila dura cinza esverdeada da Formação Resende

Autores

  • Flávia Demarchi Universidade de São Paulo
  • Fernando Marinho Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-7054-4407
  • José Maria Camargo Barros Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.14195/2184-8394_158_3

Palavras-chave:

Argilas duras, Solos reconstituídos, Parâmetros intrínsecos de solos

Resumo

As argilas duras são materiais que possuem características muito particulares, que podem influenciar diretamente no desenvolvimento de projetos e segurança das obras. Na cidade de São Paulo, um dos principais solos de ocorrência são justamente argilas desse tipo, as chamadas argilas duras cinza-esverdeadas. A história geológica desse material pode induzir uma estrutura particular no solo e a influência dessa estrutura poderá ser compreendida a partir da comparação de seus parâmetros naturais com os parâmetros intrínsecos, que são aqueles obtidos em ensaios com amostras reconstituídas aqui apresentados. Atualmente, os poucos dados disponíveis sobre este solo na literatura são referentes apenas a ensaios realizados com amostras indeformadas, não havendo dados de amostras reconstituídas. Portanto, o objetivo deste trabalho é determinar os parâmetros intrínsecos desta argila, por meio de ensaios na condição reconstituída.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABNT (1984a). NBR 6459 – Solo – Determinação do limite de liquidez. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, Brasil, 6 p.

ABNT (1984b). NBR 6508 – Grãos de solos que passam na peneira 4,8 mm – Determinação da massa específica. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, Brasil, 8 p.

ABNT (1984c). NBR 7180 – Solo – Determinação do limite de plasticidade. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, Brasil, 3 p.

ABNT (1984d). NBR 7181 – Solo – análise granulométrica. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, Brasil, 13 p. Revisada em 1988.

Burland, J.B. (1990) On the compressibility and shear strength of natural clays. Géotechnique, 40 (3), pp. 329-378. https://doi.org/10.1680/geot.1990.40.3.329

Burland, J. B.; Rampello, S.; Georgiannou, V. N.; Calabresi, G. (1996). A laboratory study of the strength of four stiff clays. Géotechnique, 46 (3), pp. 491-514. https://doi.org/10.1680/geot.1996.46.3.491.

Cozzolino, V. (1972). Tipos de sedimentos que constituem a Bacia de São Paulo. Tese de doutoramento. Escola Politécnica da USP. São Paulo.

Fearon, R.E.; Coop, M.R. (2000). Reconstitution: what makes an appropriate reference material? Géotechnique, 50 (4), pp. 471-477. https://doi.org/10.1680/geot.2000.50.4.471.

Freeborough, K.; Kirkham, M.; Jones, L. D. (2006). Determination of the shrinking and swelling properties of the London Clay Formation: laboratory report.

Galves, G.; Massad, F. (1982). Características de argilas duras cinza-esverdeadas da Bacia Sedimentar de São Paulo. Congresso de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações 7, Recife, 5, pp. 96-99.

Hong, Z. S.; Zeng, L. L.; Cui, Y. J.; Cai, Y. Q.; Lin, C. (2012). Compression behaviour of natural and reconstituted clays. Géotechnique, 62 (4), pp. 291-301. https://doi.org/10.1680/geot.10.P.046.

IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológicas. (2015). Análise mineralógica por difratometria de raios X. CT-Obras. Laboratório de Materiais de Construção Civil. Procedimento IPT15742 - CT-OBRAS-LMCC-Q-PE-092 - Revisão 0 de 24.02.2015 São Paulo: IPT/ CT-OBRAS/LMCC. 7 p.

Jia, R., Lei, H.; Li, K. (2020). Compressibility and microstructure evolution of different reconstituted clays during 1D compression. International Journal of Geomechanics, 20 (10), 04020181. https://doi.org/10.106/(ASCE)GM.1943-5622.0001830.

Liu, M. D.; Zhuang, Z.; Horpibulsuk, S. (2013). Estimation of the compression behaviour of reconstituted clays. Engineering Geology, 167, pp. 84-94. https://doi.org/10.1016/j.enggeo.2013.10.015.

Massad, F. (1980). Características e propriedades geotécnicas de alguns solos da Bacia de São Paulo. Mesa Redonda: Aspectos geológicos e geotécnicos da Bacia Sedimentar de São Paulo. ABGE, São Paulo.

Massad, F. (2012). Resistência ao cisalhamento e deformabilidade dos solos sedimentares de São Paulo. Twin Cities – Solos das Cidades de São Paulo e Curitiba. ABMS, São Paulo. pp.107-133.

Massad, F.; Pinto, C. D. S.; Nader, J. J. (1992). Resistência e deformabilidade. Solos da Cidade de São Paulo – ABMS/ABEF. pp. 141-180.

Mendoza, R. (2016). Análise e avaliação do módulo de deformabilidade sobre diversas trajetórias de tensões. Relatório de Iniciação Científica. Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Universidade de São Paulo. 40 p.

Negro, A.; Hatori, A.C.A.; Yassuda, A.J.; Rocha, H.C. (2012). Investigações para o projeto e previsão de desempenho da estação Sacomã da Cia do Metropolitano de São Paulo. CD SEFE 7, São Paulo.

Penna, A.S.D. (1982). Estudo das propriedades das argilas da cidade de São Paulo aplicado à Engenharia de Fundações. Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica da USP. São Paulo.

Pinto, C.S.; Abramento, M. (1998). Características das argilas rijas e duras, cinza-esverdeadas de São Paulo determinadas por pressiômetro de autofuração Camkometer. Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, 11 (2), pp. 871-878.

Pinto, C.S.; Massad, F. (1972). Características dos solos variegados da Cidade de São Paulo. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, IPT. Publicação 984, 30p. São Paulo.

Skempton, A. W. (1964). Long-term stability of clay slopes. Géotechnique, 14(2), pp. 77-102. https://doi.org/10.1680/geot.1964.14.2.77.

Skempton, A.W. (1970) First-time slides in overconsolidated clays. Géotechnique, 20 (3), pp. 320-324. https://doi.org/10.1680/geot.1970.20.3.320.

Stark, T. D.; Eid, H. T. (1997). Slope stability analyses in stiff fissured clays. Journal of Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, 123(4), 335-343. https://doi.org/10.1061/(ASCE)1090-0241(1997)123:4(33.

Vargas, M. (1953). Problemas de fundação de edifícios em São Paulo e sua relação com a formação geológica local – Anais ABMS – Vol. III. São Paulo-SP.

Vargas, M. (1980). Geotecnia do Terciário de São Paulo – Histórico. Mesa Redonda: Aspectos geológicos e geotécnicos da bacia sedimentar de São Paulo. ABGE, São Paulo.

##submission.downloads##

Publicado

2023-07-26

Edição

Secção

Artigos