Aldo van Eyck and the Rise of an Ethnographic Paradigm in the 1960s

Authors

  • Georges Teyssot Université Laval, École d’Architecture

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8681_2_5

Keywords:

Team 10, Aldo Van Eyck, Significado

Abstract

Aldo van Eyck e o surgimento de um paradigma etnográfico na década de 1960.

 

A comunicação inicia-se com a famosa introdução de Colin Rowe ao livro Five Architects (Nova Yorque, 1972), que refere uma citação de Aldo van Eyck publicada em Team 10 Primer (Londres: Studio Vista, 1968) advogando a necessidade da arquitectura “construir significado”. A questão que um Colin Rowe céptico se colocava pode ser assim resumida: faz sentido “construir significado”, ou pode-se acrescentar “significado” à arquitectura? Claro que Colin Rowe se estava a referir ao Team 10, mas também ao livro Meaning in Architecture editado por Charles Jencks e George Baird (Londres / Nova Yorque, 1969), que também incluiu um texto de Aldo van Eyck sobre a arquitectura dos Dogon na África Ocidental.

Neste sentido, a comunicação propõe-se explorar algumas das fontes teóricas do Team 10, especialmente de Aldo van Eyck, que desenvolveu a sua teoria do “limiar” nas décadas de 1950 e 1960 a partir de um conjunto de fontes heterogéneas que incluem a noção desenvolvida por Martin Buber de “Zwischen” (o entre-dois). Por outro lado, o arquitecto Holandês também foi um dos primeiros a visitar a civilização dos Dogon, onde estudou a sua representação do espaço com a ajuda da etnografia (colonial) francesa, e também, com a colaboração de dois psicanalistas Suíços (Parin e Morgenthaler), que tentavam analisar aqueles indivíduos, procurando um complexo de Édipo freudiano numa cultura que lhe era mais ou menos imune. A Escola de Arquitectura de Van Eyck tem sido definida pelo ambíguo termo “estruturalismo”, que parece ser uma referencia às doutrinas do estruturalismo linguístico (sendo no entanto também, uma alusão à estrutura dos edifícios). Esta comunicação tenta mapear o contexto das várias tendências que levaram a uma etnologização (e/ou antropologização) do discurso arquitectónicos na década de 1960.

Concluindo, a comunicação tentará ilustrar como por volta de 1970 as práticas arquitectónica e teórica se encontravam numa posição complexa, tendo de decidir como atribuir “significado” ao acto de construir, e se esta tarefa seria alcançada através de uma forma puramente formalista, ou “autónoma” (um caminho já descrito por Colin Rowe, Aldo Rossi ou Peter Eisenman), ou se em alternativa através de uma aproximação “heterogénea”, a do Team 10 e van Eyck, levando com isso à introdução massiva das ciências sociais nos discursos arquitectónicos.

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