Enunciability of the work of architecture after Alberti

Authors

  • José Capela Escola de Arquitectura da Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8681_5_8

Abstract

After Alberti, the “architecture project” started to be understood as an autonomous entity mediating two separate phenomena: the conception of an architectural artifact and its eventual execution. In 1967, Sol LeWitt advocates a new framework for artistic practice, which he calls “conceptual”, saying that “when an artist uses a conceptual form of art, it means that all of the planning and decisions are made beforehand and the execution is a perfunctory affair”.

Apparently, LeWitt merely seems to claim, within the scope of visual arts, an operative model similar to what Alberti inaugurated within the scope of architecture. However, I do not believe that this is all he does. I propose to dicuss the enunciability of architectural artifacts, comparing and contrasting the operative model of the “project” inaugurated by Alberti – which is essentially formal (the project is mainly constituted by drawings) – vis-à-vis the operative model that is characteristic to conceptual art – essentially discoursive (the idea can be verbalized). In this way, I also propose to discuss how the issue of the fidelity to the “executed work” in relation to its enunciation can be addressed within these two approches.

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A partir de Alberti, o “projecto de arquitectura” terá começado a ser entendido como uma entidade autónoma e intermediária entre dois fenómenos independentes: a concepção de um artefacto arquitectónico e a sua eventual execução. Em 1967, Sol LeWitt preconiza uma nova conjuntura para a prática artística, que designa como “conceptual”, afirmando que “quando um artista usa uma forma de arte conceptual, isso significa que todo o planeamento e todas as decisões são efectuados de antemão e que a execução é uma tarefa perfunctória”.

Aparentemente, LeWitt parece não fazer mais do que reivindicar, para o âmbito das artes visuais, uma conjuntura operativa semelhante àquela que Alberti terá inaugurado no âmbito da arquitectura. Contudo, julgo que não é apenas isso que faz. Proponho discutir a enunciabilidade dos artefactos arquitectónicos, confrontando o modelo operativo do “projecto” inaugurado por Alberti – essencialmente formal (o projecto é sobretudo desenho) – com o modelo operativo característico da arte conceptual – essencialmente discursivo (a ideia pode ser verbalizável). Neste sentido, proponho ainda discutir de que modo, nestas duas conjunturas, pode colocar-se o problema da fidelidade da “obra executada” ao respectivo enunciado.

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Published

2014-12-30