50 anos de estudos sobre o agendamento – Caminhos de uma teoria dos media
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-6019_10_0Resumo
Com o presente número da revista Mediapolis pretendemos marcar os 50 anos decorridos sobre o seminal estudo de Chapel Hill, que deu origem a uma das áreas mais consistentes de estudos das Ciências da Comunicação, realizados sobre os media: a teoria do agenda setting ou do agendamento. O início desta história teve origem quando Maxwel McCombs e Donald Shaw, então dois jovens investigadores, decidiram analisar como, a propósito das eleições presidenciais norte- americanas de 1968, que opuseram Hubert Humphrey e Richard Nixon, os media poderiam, de algum modo, influenciar a opinião pública. Para o efeito, realizaram um estudo tendo por base 100 eleitores indecisos, residentes em Chapel Hill, na Carolina do Norte, acabando por encontrar um coeficiente muito forte de correlação entre a agenda mediática e a agenda dos eleitores. A agenda setting, numa fase inicial, começou por afirmar que pessoas acabam por conhecer determinados assuntos pelo efeito da seleção realizada pelos media que, deste modo, transforma temas, pessoas e acontecimentos em matéria privilegiada do debate público, marcando um paralelismo entre a agenda dos media e a agenda da opinião pública.
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