Cândido de Oliveira

notas para uma biografia política

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-6019_13_4

Palavras-chave:

Cândido de Oliveira, Estado Novo, PVDE, espionagem inglesa, futebol, jornalismo

Resumo

Cândido de Oliveira ficou na história como o maior técnico de futebol português dos anos 30 a 50 do século XX. Treinou dois dos maiores clubes de Portugal, o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, e dirigiu durante vários anos a Seleção Nacional. Na sua curta carreira de futebolista foi capitão nas equipas que representou, o Casa Pia e o Benfica, e ainda da primeira seleção portuguesa, em 1921. Como jornalista desportivo foi um inovador da crónica e reportagem, que utilizou para criticar o Estado Novo nas políticas para o desporto. Foi fundador, em 1945, do jornal A Bola. O seu estatuto de personalidade do futebol levou a Liga de Clubes em Portugal a atribuir o seu nome à Supertaça.

A partir de uma pesquisa bibliográfica, neste artigo põe-se em evidência uma faceta pouco conhecida de Cândido de Oliveira, a de antifascista, que o levou a cooperar com a espionagem inglesa para travar uma possível invasão de Portugal pela Alemanha, na II Guerra Mundial. Detido pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), em 1942, foi torturado e deportado para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu 18 meses. No regresso foi demitido das elevadas funções que desempenhava nos CTT de Portugal. Este artigo centra-se particularmente na atividade clandestina que precedeu a detenção e no período nas prisões políticas do Estado Novo.

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Publicado

2021-09-06