Evidência preliminar de uma intervenção em grupo afirmativa, baseada na atenção-plena, aceitação e compaixão, não aleatorizada e com seguimento para pessoas pertencentes a minorias sexuais (Free2Be)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8606_67_6Palavras-chave:
intervenção afirmativa, pessoas pertencentes a minorias sexuais, atenção-plena, aceitação, autocompaixão, eficáciaResumo
Pessoas pertencentes a minorias sexuais apresentam níveis mais baixos de saúde mental quando comparados com pares heterossexuais. O objetivo deste estudo foi explorar a evidência preliminar de uma intervenção afirmativa em grupo, presencial, com 13 semanas e manualizada para pessoas pertencentes a minorias sexuais, baseada em técnicas focadas na atenção-plena, aceitação e compaixão (Free2Be). Com um desenho de ensaio de um braço, nove participantes receberam a intervenção e foram avaliados/as em três momentos (pré-intervenção, pós-intervenção e 3 meses pós-intervenção). Foram avaliados processos de stress minoritário, sintomas psicopatológicos e processos psicológicos gerais adaptativos e mal-adaptativos. Foram realizadas análises de comparação entre grupos e índices de mudança fiável individuais. Em geral, os resultados foram significativos/fiáveis na direção esperada: um aumento nos processos psicológicos gerais adaptativos e uma diminuição nos processos de stress minoritário, sintomas psicopatológicos e processos psicológicos gerais mal-adaptativos. Estas mudanças mantiveram-se ao longo do tempo. A consciência de estigma, vergonha relacionada com a orientação sexual e medos da autocompaixão não apresentaram mudanças relevantes. A autocompaixão aumentou no pós-intervenção e diminuiu aos 3 meses de seguimento, apresentando uma trajetória instável. Os resultados sugerem que o Free2Be é uma intervenção com benefícios para pessoas pertencentes a minorias sexuais.
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