Development and psychometric study to the Scale of Organizational Sources of Stress on Teaching in Higher Education

Resumo

Os ambientes de trabalho, dada a grande instabilidade e turbulência dos tempos modernos, têm-se tornado mais exigentes e stressantes para os que neles trabalham. Concretamente, nos contextos de exercício da docência universitária, este fenómeno tem vindo a aumentar de forma alarmante (Winefield, 2000). Por esta razão, consideramos importante o conhecimento das fontes potencialmente indutoras de stresse em contextos profissionais específicos, dado o papel preponderante que este conhecimento pode ter na assunção de medidas preventivas primárias e secundárias do stresse ocupacional, as medidas mais eficazes (Lamontagne, Keegel, Louie, Ostry, & Landsbergis, 2007).Assim, pretendemos com este estudo construir e realizar um estudo psicométrico preliminar à Escala de fontes organizacionais de stresse da docência no Ensino Superior. A escala foi construída com base na revisão da literatura e nos resultados obtidos através da análise de conteúdo efetuada a entrevistas individuais realizadas com este objetivo a docentes do Ensino Superior. Inicialmente composta por 28 itens, a escala foi aplicada a 236 docentes de organizações do Ensino Superior (universitário e politécnico) público e privado do Porto. Após análise fatorial exploratória e análise da consistência interna dos fatores extraídos, que no seu total explicam 55,4% da variância total, a escala ficou constituída por 20 itens agrupados em quatro fatores: características do trabalho (α=.87), clima organizacional (α= .85), carreira profissional (α = .78) e condições de trabalho (α = .74). A estrutura fatorial final revela-nos a existência de um poder discriminante entre os fatores, o que nos leva a crer que a escala tem sensibilidade para diferenciar as várias fontes de stresse deste tipo de contextos laborais. Estudos de validação da escala a nível nacional tornam-se, agora, uma prioridade.