Entre o Hospital Geral e a Casa dos Expostos: assistência à infância e transformação dos espaços da Misericórdia carioca (Rio de Janeiro, 1870-1920)

Autores

  • Gisele Sanglard Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde; Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4147_47_16

Palavras-chave:

Assistência à infância; Santa Casa da Misericórdia; Rio de Janeiro

Resumo

Este artigo busca analisar a assistência à infância oferecida pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro no período em que ainda não havia, no Brasil, instituições voltadas para a saúde da criança. A principal hipótese com a qual estarei trabalhando é de que a Casa dos Expostos passou a exercer, paulatinamente, funções distintas daquelas de que fora inicialmente incumbida. Nessa perspectiva, a linha de continuidade dar- -se-ia pela manutenção do nome, de sua vinculação à Misericórdia e ao simbolismo e ritualística da Irmandade. Para demonstrar essa hipótese estarei me baseando em um conjunto documental guardado na antiga Casa dos Expostos, composto de dois livros em que se registravam as crianças para lá encaminhadas a fim de serem aleitadas enquanto suas mães eram atendidas no Hospital Geral da Misericórdia. Essa documentação permite conhecermos o cotidiano da Irmandade na assistência à criança desamparada, categoria que começa a frequentar os corredores da Casa
dos Expostos, a partir da década de 1870; bem como questões relativas aos quadros de saúde e doença destas crianças e, em alguns casos,
de suas mães; raça e cultura material.

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Publicado

2018-04-30

Edição

Secção

Artigos