Medicamentos e vida privada na primeira metade do século xx: o combate às infeções antes e depois da penicilina

Autores

  • Victoria Bell Faculdade de Farmácia Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4147_47_17

Palavras-chave:

Vida privada, Penicilina, Medicamentos arsenicais e mercuriais, século XX

Resumo

Os medicamentos estão fortemente relacionados com o quotidiano e a vida privada. As doenças infeciosas constituem uma área da história da medicina onde se cruzam problemas de higiene pública e de higiene privada. As medidas a tomar para atacar o problema podem ser medidas sociais ou terapêuticas medicamentosas. Nas duas primeiras partes do artigo, tomam-se como base obras de referência de terapêutica medicamentosa e de higiene da primeira metade do século XX: as Licções de Pharmacologia e Therapeutica Geraes de E. Motta, o tratado Bases de Terapêutica Medicamentosa, de P. Trendelenburg, o Manual de Hygiene, de A. J. Lopes, Livro de Higiene de A. Lessa e Como é a vida e como se defende de F. Mira. Avaliam-se os medicamentos utilizados no combate a doenças infeciosas declaradamente relacionadas com a vida privada e o modo como esses medicamentos eram considerados, especialmente os compostos arsenicais e mercuriais. A terceira parte incide sobre a introdução da penicilina na terapêutica medicamentosa entre 1944 e 1945, tomando como fontes a literatura científica portuguesa. Analisam-se as principais inovações e vantagens que este fármaco trouxe para muitas doenças infeciosas com
implicações na vida privada.

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Publicado

2019-01-07

Edição

Secção

Artigos