Uma perspetiva sobre o investimento municipal oitocentista em tempo de crise: 1892-1910
DOI:
https://doi.org/10.14195/0870-4147_56_9Palavras-chave:
Portugal, concelhos, investimento, século XIXResumo
A lenta utilização da receita consignada do Fundo de Viação Municipal gerou saldos com algum significado financeiro, que as administrações municipais foram usando, motivadas e autorizadas pelos sucessivos governos, para outros fins, sobretudo a partir de 1892, o que coincide, não por acaso, com a crise do final da Monarquia Constitucional. Os municípios reagiram positivamente à possibilidade aberta pelos governos e são sobretudo os concelhos do interior do território que mais recorrem a esta possibilidade, mas seria um erro concluir que esta é uma prática das pequenas circunscrições. Os montantes solicitados são tendencialmente baixos, mas permitiam ou o investimento total necessário à intervenção que se pretendia realizar ou para ela contribuíam significativamente. As câmaras municipais privilegiaram áreas de investimento como o abastecimento de água, os Paços do Concelho, a salubridade dos espaços públicos, os cemitérios ou os matadouros. Embora não se possa concluir que este investimento conduziu a uma completa revitalização das economias locais, é claro que ele contribuiu para alguma melhoria das condições da vida local.
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