Análise da fragilidade ambiental do município de Nova Friburgo – RJ, através da abordagem morfodinâmica

Autores

  • Rafaela Teixeira Paula Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Marcelo Motta de Freitas Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-2066-052X
  • Rafael da Silva Nunes Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Ana Cristina Malheiros Gonçalves Carvalho Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-3956-057X

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_31-2_1

Palavras-chave:

Fragilidade, estrato, variáveis ambientais, energia morfodinâmica

Resumo

O planejamento ambiental depende do correto entendimento do quadro geográfico local e regional. A elaboração de estudos analíticos, que possuem como foco a composição do estrato contribui para o planejamento. Assim, a fim de contribuir para um planejamento ambiental do município de Nova Friburgo – Rio de Janeiro, Brasil, pretende-se analisar a fragilidade ambiental da cidade, com base na concepção teórico-metodológica de Ross (1994). A produção da carta de fragilidade ambiental foi subsidiada pela correlação da declividade, forma de relevo, solos e ocupação e uso do solo. As classes de fragilidade ocupam as percentagens: muito baixa – 0,11 %; baixa – 12,5 %; média – 60,27 %; alta – 25,52 %;
muito alta – 1,60 %. Chama a atenção a extensão das áreas consideradas de média e alta fragilidade. Esses valores mostram que, devido ao quadro físico existente, Nova Friburgo apresenta um grau de fragilidade ambiental importante, com alta energia morfodinâmica. Estudos que associam diferentes variáveis ambientais mostram uma visão integrada da paisagem e podem ser utilizadas para reconhecer áreas restritas às ocupações e atividades humanas.

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Publicado

2024-10-10