Desertificação no estado do Ceará: riscos às populações mais vulneráveis
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_32-2_11Palavras-chave:
Mudanças climáticas, desertificação, riscos socioeconômicos, vulnerabilidadeResumo
As mudanças climáticas têm produzido em todo mundo maior frequência de catástrofes e fenómenos meteorológicos extremos a qual se inclui a seca relacionada ao fenômeno da desertificação em ambientes semiáridos como, por exemplo, as que ocorrem no nordeste do Brasil. O presente artigo faz uma breve discussão sobre o risco ambiental da desertificação, associando as mudanças climática, ações humanas e a suscetibilidade ambiental do Estado do Ceará às desertificações e os riscos socioeconómicos que ela representa para as populações mais vulneráveis do território cearense. O estudo se fundamenta em indicadores físicos geográficos sobre o avanço e abrangência da desertificação no período de vinte e quatro anos, bem como socioeconómicos como PIB agropecuário, volume e produção anual de alimentos, renda média e ocupação principal dos produtores rurais do Estado do Ceará. Da análise, constata-se que devido a combinação de fatores físico-climáticos e antrópicos e avança a partir de seus núcleos de desertificação pelo território cearense, observa-se também que apesar da importância da produção de alimentos, a mesma não cresceu no mesmo ritmo da população, o que constitui grande risco à qualidade de vida das populações mais vulneráveis.
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