Movimentos de vertente, análise de risco e ordenamento do território; o exemplo recente do fluxo deslizante de Armamar (Douro vinhateiro, Portugal)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_11_3Palavras-chave:
Movimento de vertente, Fluxo deslizante, Vulnerabilidade, Análise de risco, Ordenamento do Território.Resumo
No dia 3 de Janeiro de 2003, a Estrada Nacional222 que, pela margem esquerda do Douro, liga Peso da Régua à localidade de Pinhão, foi destruída ao Km 37 ±300m, numa extensão de cerca de 60 metros, em toda a sua largura, em consequência da movimentação newtoniana de materiais detríticos que estruturam os socalcos das vertentes adaptadas ao cultivo da vinha. Sem consequências ao nível da perda de vidas humanas, a contingência do desastre viria, contudo, a materializar-se pela destruição da referida estrada e de uma área significativa de vinha e da própria vertente, bem como pelos elevados custos a que obrigaram, por um lado, a reconstrução da estrada e, por outro lado, a correcção e estabilização da vertente. Os efeitos decorrentes deste desastre "natural" destacam-se também pelos elevados transtornos que impuseram à dinâmica socioeconómica da região. Tratando-se de acidentes que geralmente são induzidos pela intervenção humana na morfodinâmica das vertentes, este é apenas mais um exemplo, o mais recente, de instabilidade associada às vertentes do Douro Vinhateiro, pelo que a tomada de consciência para a gravidade do problema constitui, cada vez mais, um importante requi sito para o correcto ordenamento do espaço e para gestão dos recursos, em respeito para com as leis da Física .. . que são também as da Natureza.
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