O sobreaquecimento das cidades. Causas e medidas para a mitigação da ilha de calor de Lisboa

Autores

  • António Lopes Professor Auxiliar, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_15_4

Palavras-chave:

Lisboa, ilha de calor urbano, balanço energético, desenvolvimento sustentado, medidas de mitigação.

Resumo

As ilhas de calor urbano (ICU) são o exemplo mais evidente de modificações climáticas inadvertidamente provocadas pelo homem, tendo sido observadas em praticamente todas as cidades do mundo. Este padrão térmico sugere a existência de uma cidade quente rodeada pelo campo mais fresco. A ICU pode ser vista como um recurso energético (em climas frios evitando o consumo excessivo de energia no Inverno), mas também como uma limitação (nos climas quentes), porque pode levar ao consumo de energia suplementar na refrigeração dos ambientes urbanos. Do ponto de vista económico, os raros estudos sobre o assunto em cidades mediterrânicas mostram que a poupança de energia para aquecimento no Inverno é menor do que os custos do arrefecimento durante o Verão. Neste trabalho são descritos os vários tipos de ilhas de calor urbano, a sua relação com parâmetros de morfologia dos espaços edificados e tamanho das cidades. São apresentadas as modificações do balanço energético em meio urbano, bem como outros factores para explicar a existência, ritmo e intensidade deste padrão térmico nas cidades. Vários estudos desde há 20 anos elaborados por investigadores da área de

Geo-ecologia do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa são apresentados. São ainda descritas algumas medidas gerais para a mitigação da ilha de calor de Lisboa, como contributo para o aumento da eficiência energética na cidade, visando o desenvolvimento urbano sustentado.

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Publicado

2008-08-25

Edição

Secção

Artigos