As vagas de incêndios florestais de 2017 em Portugal continental, premissas de uma quarta ‘geração’?

Autores

  • Fernando Félix Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e RISCOS, Universidade de Coimbra (Portugal) http://orcid.org/0000-0001-8509-6010
  • Luciano Lourenço Departamento de Geografia e Turismo, NICIF, CEGOT e RISCOS, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra (Portugal) https://orcid.org/0000-0002-2017-0854

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_26-2_3

Palavras-chave:

Incêndios florestais, mega-incêndios, número de ocorrências, área ardida

Resumo

A evolução dos incêndios em Portugal continental, ao longo dos últimos cinquenta anos, não tem sido constante, o que permite, combinando diferentes parâmetros estatísticos, estabelecer diferentes “gerações” de incêndios. Do cruzamento dos elementos analisados resultaram quatro gerações de incêndios. O fator mais importante para a definição dessas gerações foi, sem dúvida, o da área do maior incêndio registado em cada ano. Considerou-se um intervalo de 10 mil hectares, para separar as diferentes gerações de incêndios, e obtiveram-se quatro gerações. Na última classe teve de ser usado o dobro desse valor, dadas as circunstâncias anormais registadas em 2017, ano que marcou o início da quarta geração de incêndios de Portugal.

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Publicado

2018-12-20