Comunicar o risco sob o prisma das relações públicas: reflexão preliminar
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_29-1_3Palavras-chave:
Relações Públicas, comunicação e risco, governança, autarquiasResumo
A significação do risco não gera consenso, quer junto da comunidade científica, quer entre decisores/reguladores e os media, sem esquecer o público leigo - no limite, a população que se pretende (in)formada e ativamente envolvida no processo de mitigação dos riscos. Urge comungar a noção de risco, aproximando perceções de peritos e leigos. A essa relação de concordância dos níveis de conhecimento, chama-se comunicação do risco. A prática de uma comunicação integrada do risco, estrategicamente direcionada para diferentes níveis de consciência e informação, constitui-se um meio eficaz na compreensão, avaliação e ação sobre os riscos. Tal comunicação aproxima-se do ideal de governança do risco, na qualidade de canal de troca de (in)formações e opiniões entre stakeholders para que convirjam decisões face aos comportamentos a implementar. Neste artigo, a partir do estudo da comunicação de uma autarquia local, traz-se a debate o papel que as Relações Públicas poderão desempenhar na antecipação do risco, bem como na capacitação das partes interessadas numa resposta concertada e atempada às diferentes interpretações dos perigos e incertezas da sociedade atual.
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