Commilito et Vir Militaris: Aspectos bélicos da exaltação do Imperador Romano em Plínio, o Jovem

Autores

  • Alex Aparecido da Costa Universidade Estadual de Maringá
  • Renata Lopes Biazotto Venturini Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.14195/1984%20-249X_22_4

Palavras-chave:

Estoicismo, idealização, Principado, tradição, virtudes

Resumo

Durante a época do principado a imagem do césar buscava afirmar-se por meio de modelos tradicionalmente valorizados pela sociedade romana. Nos primeiro anos do século II d. C., quando o império atingiu sua máxima extenção graças às recente conquistas do então imperador Trajano, os aspectos guerreiros serviram como importante fator de amparo à figura desse governante. Nesse contexto, o discurso de Plínio, o Jovem, intitulado Panegírico de Trajano destaca os feitos e a postura militar do governante. Com base em uma bibliografia que aponta a importância de ideia morais e políticas fundadas nos valores ancestrais, bem como o papel da filosofia estoica na construção da imagem do príncipe ideal, este artigo pretende apontar alguns aspectos de nossa análise do discurso pliniano. Nele, foi fundamental o elogio das virtudes marciais de Trajano a partir do respaldo fornecido pelas noções de virtus e mos maiorum. Solidamente ligadas à tradição romana, essas ideias presentes na obra em tela visavam fornecer uma imagem de equilíbrio entre os aspectos autocráticos e militares do governante e os anseios da ordem senatorial, que buscava amnter vivas as instituições republicanas sob o sistema do principado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BLÁZQUEZ, J. M. (2003). Trajano. 1ed. Barcelona, Ariel.

BRUN, J. (1986). O estoicismo. 1ed.Lisboa, Edições 70.

CANTO, A. M. (1999). Saeculum Aelium, saeculum hispanum: poder y promoción de los hispanos en Roma. El año de Trajano: Hispania, El legado de Roma. Mérida, Museo Nacional de arte romano, p. 235-251.

CARRIÉ, J. M. (1992). O soldado. In: GIARDINA, A. (ed.). O homem romano. Lisboa, Presença.

HAMIZO, J. C. S. (2003). La imagem de Trajano en las fontes literarias. In: FERNÁNDEZ, J. G. (ed.).Trajano, Óptimo Príncipe: de Itálica a la corte de los Césares. 1ed. Sevilla, Fundación El Monte, p. 121-140.

CIZEK, E. (1983). L’ époque de Trajan: circons-tances politiques et problèmes idéologiques. 1ed.Paris, Les Belles Letres.

DURRY, M. (1972). Pline le Jeune. Panégyrique de Trajan. Paris, Les Belles Lettres.

ECK, W. (2002). L’ empereur romain chef de l’ar-mée: le témoignage des diplômes militaires. Cahiers du Centre Gustave Glotz, nº. 13, p. 93-112. https://doi.org/10.3406/ccgg.2002.1560

FERNÁNDEZ, J. G.(2005). PLINIO EL JOVEN.Cartas. Madrid, Editorial Gredos.FERNÁNDEZ, J. G. (2003) Trajano: datos biográ-ficos. In: FERNÁNDEZ, J. G. (ed.). Trajano, Óptimo Príncipe, de Itálica a la corte de los Césares. Sevilla, Fundación el Monte, 2003, p.7-34.

FERNÁNDEZ, J. G. (2003) Trajano: datos biográ-ficos. In: FERNÁNDEZ, J. G. (ed.). Trajano, Óptimo Príncipe, de Itálica a la corte de los Césares. Sevilla, Fundación el Monte, 2003, p.7-34.

FERNÁNDEZ, J. G. (1987). Trajano: part(h)icus, trib, pot. XIIX, imp. X. Arquivo español de arqueologia.p. 237-250.

GILL, C. (2006). A Escola no período imperial ro-mano. In: INWOOD, B. (ed.). Os estoicos. 1ed. São Paulo, Odysseus, p. 35-63

MANJARRÉS, J. M. (2003). Trajano y las fronte-ras del império. In: FERNÁNDEZ, J. G. (ed.).Trajano, Óptimo Príncipe: de Itálica a la corte de los césares. Sevilla, Fundación El Monte.

MENDONÇA. A. S. (1990). SALÚSTIO. A guerra de Jugurta. Petrópolis, Vozes.

VEYNE, P. (1992). Humanitas: romanos e não ro-manos. In: GIARDINA, A. (ed.). O homem romano.Lisboa, Presença.

Downloads

Publicado

2017-12-22

Como Citar

Aparecido da Costa, A. ., & Lopes Biazotto Venturini , R. . (2017). Commilito et Vir Militaris: Aspectos bélicos da exaltação do Imperador Romano em Plínio, o Jovem. Revista Archai, (22), 99-121. https://doi.org/10.14195/1984 -249X_22_4