Tradução e (des)colonização: o caso de Medeia

Autores

  • Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.14195/1984-249X_22_12

Palavras-chave:

tradução, descolonização, teatro ático

Resumo

Este será o relato de um percurso curto de um pro- jeto longo. Vou apenas motivar o leitor para algumas questões sobre a tragédia ática pelo viés da tradução comprometida com a (des)colonização do nosso país. O longo projeto se define a partir do conceito de resiliência escolhido como referência para a 13a edição do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte do ano de 2016 (Fit-BH-2016). A proposta que aqui se apresenta foi iniciada e vem sendo desenvolvida desde 2012 quando foi submetida à apreciação acadêmica no II Congresso da Sociedade Brasileira de Retórica, na ocasião, a peça ateniense traduzida, Medeia, foi encenada na íntegra no Parque das Mangabeiras (BH, 2012) para um público heterogêneo que abrangia desde crianças a adultos já avançados na idade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGAMBEN, G. (2009). O que é contemporâneo? e outros ensaios. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó, Argos.

BANDEIRA, M. (1984). Itinerário de Parságada. Brasília, Nova Fronteira.

BASSNETT, S. (2003). Estudos de Tradução: fundamentos de uma disciplina. Tradução de Vivina de Campos Figueiredo. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

BARBOSA, T. V. R. (2011). Tradução e ideologia: tradição e ruptura na tragédia Electra, de Eurípides. Uniletras, Ponta Grossa, v. 33, n. 1, jan./jun., p.127- 140. https://doi.org/10.5212/Uniletras.v.33i1.0009

BARBOSA, T. V. R. (2016). Íon, de Eurípides, um ‘broto’ legal. In: BELO, Fábio. (ed.). Íon, de Eurípides: interpretações psicanalíticas. Petrópolis, KBR Editora Digital Ltda, p.13-32.

BARBOSA, T. V. R. (2017). Tradução e (des)colonização: o caso de Medeia, Electra e Orestes. In: BARBOSA, T. V. R.; CHIARINI, A.; PALMA, A. Teatro de tradução de teatro: estudos. Vol. 1. Belo Horizonte, Relicário Edições, p.15-31.

BOAL, A. (1991). Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira.

BOAL, A. (2009). Estética do Oprimido: reflexões errantes sobre o pensamento do ponto de vista estético e não científico. Rio de Janeiro, Garamond.

BERMAN, A. (1999). La traduction et la lettre ou l’auberge du lointain. Paris, Éditions du Seuil.

CAMPOS, H. (1992). Da tradução como criação e como crítica. In: CAMPOS, H. (org.). (1992) Meta- linguagem & outras metas. Ensaios de teoria e crítica literária. São Paulo, Perspectiva, p. 31-48.

CAPONE, G. (1935). L’ Arte scenica degli attori tragici greci. Padova, Casa Editrice Dott.

CENTER ON THE DEVELOPING CHILD – Harvard University. Key Concepts. Disponível em URL = http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/resilience. Disponível em 19 de junho de 2016.

DAMEN, M. (1989). Actor and character in Greek Tragedy. Theatre Journal, vol. 41, no. 3, p. 316-340. https://doi.org/10.2307/3208183

DIGGLE, J. (1994) (ed.). Euripides. Fabulae. Tomo III. Oxford, Oxford University Press.

ESCOSTEGUY, A. D. (2006). Os estudos culturais em debate. UNIrevista - Vol. 1, n° 3, p. 1-8, 2006.

EVEN-ZOHAR, I. (1979). Polysystem Theory. Poetics Today, Vol. 1, No. 1/2, Special Issue: Literature, Interpretation, Communication. p. 287-310.

HALLIWELL, S. (1987). Aristotle. Poetics of Aris- totle. Chapel Hill, University of North Carolina Press.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. (2009) Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva.

JONES, J. (1967). On Aristotle and Greek Tragedy. London, Chatto & Windus.

LATEINER, D. (1998). Sardonic Smile. Nonverbal Behavior in Homeric Epic. Ann Arbor, Universiy of Michigan.

LEFEVERE, A. (1997). Traducción reescritura y la manipulación del canon literario. Tradução de Maria Carmen África e Román Alvarez. Salamanca, Colegio de Espana, p. 59-78.

LIBÓRIO, R.; M.C.; CASTRO, B.M. de; FERRO, E.G.; SOUZA, M.T.S. (2015). “Resiliência e Processos Protetivos de Adolescentes com Deficiência Física e Surdez Incluídos em Escolas Regulares”. Revista Brasileira de Educação Especial. vol. 21, no.2, Marília, Apr./ June, p. 185- 198. https://doi.org/10.1590/S1413-65382115000200002

MNOUCHKINE, A. (2011). Sabatina Folha SESC. In: SESC Belenzinho, 21 de Outubro. Acesso em 12/02/2012. Disponível em: URL = http:// www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR= 1&v=7geJ5BqFgqQ.

NIKOLAREA, E. (2002). Performability versus Readability: A Historical Overview of a Theoretical Polarization in Theater Translation. Translation Journal and the Authors. Acesso em: 31/07/2013. Disponível em: http:// www.bokorlang.com/journal/22theater.htm

OUSTINOFF, M. (2011). Tradução: história, teorias e métodos. Trad. de Marcus Marciolino. São Paulo, Editorial Parábola, 2011.

PAVIS, P. (2005). Aux frontières de la mise en scène. In: Littérature, N°138, 2005. Théâtre: le retour du texte? p. 73-80. https://doi.org/10.3406/ litt.2005.1894

PEGHINELLI, A. (2012). Theatre Translation as Collaboration: a case in point in British Contemporary Drama. Journal for Communication and Culture 2, no1, p. 20-30.

PERDICOYIANNI-PALÉOLOGUE, H. (2002). The interjections in Greek Tragedy. Quaderni Urbinati di Cultura Classica. Vol. 70, no 1, p. 49-88. https://doi. org/10.2307/20546714

RADER, R. (2009). And Whatever It Is, It Is You’: The Autochthonous Self in Aeschylus’s Seven Against Thebes. Arethusa, Volume 42, no 1, p. 1-44. https://doi. org/10.1353/are.0.0014

RESILIÊNCIA. Dicionário Digital Caldas Aulete. Disponível em http://www.aulete.com.br/ resili%C3%AAncia. Editora Lexikon, 2007.

RIBEIRO, T. V. (2013) (ed.). Eurípides. Medeia de Eurípides. São Paulo, Ateliê Editorial.

ROSA, J. G. (1976). Grande Sertão: veredas. Rio de Janeiro, Editora José Olympio.

SANCHEZ, M. B. (1971). El vocativo y la interjección ὦ. Habis 2, Sevilla, p. 35-48.

SOMMERSTEIN, A. H. (2003). Greek Drama and Dramatists. London, Routledge.

SPIVAK, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte, Editora UFMG.

VALENTE, A. M. (2007). Aristóteles. Poética. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

VENUTI, L. (2002). Escândalos da Tradução. Tradução de Laureano Pelegrin; Lucinéia M. Villela; Ma- rileide D. Esquerda e Valéria Biondo. Bauru, EDUSC.

WISE, J. (2008). Tragedy as ‘An Augury of a Happy Life’. Arethusa, 41, p. 381-410. https://doi. org/10.1353/are.0.0012

YÚDICE, G. (2004). A conveniência da cultura – usos da cultura na era global. Tradução Marie-Anne Kramer. Belo Horizonte, UFMG Editora.

Downloads

Publicado

2022-12-15

Como Citar

Ribeiro Barbosa, T. V. (2022). Tradução e (des)colonização: o caso de Medeia. Revista Archai, (22), 299-318. https://doi.org/10.14195/1984-249X_22_12

Edição

Seção

Dossiê: Medeia(s): entre a filosofia, a retórica e a literatura