A reminiscência no Fédon

Autores

  • Giovanni Casertano Università degli Studi di Napoli “Federico II” (Itália)

DOI:

https://doi.org/10.14195/1984-249X_18_1

Palavras-chave:

Platão, Fédon, anamnese (reminiscência), conhecimento

Resumo

No Fédon a teoria da reminiscência mostra -se fun‑cional à demonstração da imortalidade da alma, mas é muito mais do que isso: esconde uma autêntica teoria da aprendiza-gem, do conhecimento e do saber. esta aparece em dois lugares, nas páginas 72e -77a e na página 91e -92e. a sua funcionalidade parece clara nesta segunda passagem, em que não há caracte-rizações diversas das que foram dadas em 72e segs., mas onde, pelo contrário, é chamada em causa para refutar a doutrina da alma/harmonia exposta por Símias: se se aceitar a teoria da anamnese – e Símias e Cebes declaram -se ambos persuadidos por ela (91e -92b) –, não se pode aceitar a da alma/harmonia, razão pela qual é refutada (92c -95a). examino sobretudo as pá-ginas 72 -77. Portanto, do exame destas páginas obtém -se que o saber é o quadro ordenado e significativo dos conhecimentos e está ligado à perspetiva indispensável do “diálogo”, isto é, da refutação recíproca, da construção em comum dos conheci-mentos e do horizonte de conhecimentos, um horizonte que vai além da pequena vida individual: pequena, mas que adquire um grande valor, “torna -se imortal”, se conseguir compreender e elevar -se a essa perspetiva de construção em comum de conhecimentos e de vidas melhores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BoNazzI, M. (2010). Platone, Menone. torino, einaudi.

CaSertaNo, G. (1969). Il senso dell’argomen-tazione socratica dei «contrari» nel Fedone. In: Atti dell’Accademia di Scienze Morali e Politiche della So‑cietà Nazionale di Scienze, Lettere ed Arti in Napoli 80 (1969), p. 375 -395.

_(1996). Il nome della cosa. Linguaggio e realtà negli ultimi dialoghi di Platone. Napoli, Loffredo._(2015). Platone, Fedone o dell’anima. Dramma eti‑co in tre Atti. Napoli, Loffredo.

DIXSaUt, M. (1991). Platon, Phédon. Paris, Flam-marion.

Ebert, th. (1994). Sokrates als Pythagoreer und die anamnesis in Platons Phaidon, Mainz -Stuttgart, Franz Steiner Verlag.FrIeDLäNDer, P. (1979). Platone. Eidos, aideia, dialogos, tr.it. D. Faucci. Firenze, La Nuova Italia (= 1954).rotoNDaro, S. (1998). Il sogno in Platone. Fi‑siologia di una metafora. Napoli, Loffredo.

roWe, C. (1993). Plato, Phaedo. Cambridge, Cambridge University Press.

SCott, D. (1995). Recollection and experience. Plato’s theory of learning and its successors. Cambridge, Cambridge University Press.

trINDaDe SaNtoS, J.G. (org e intr.) (1999). Anamnese e saber. Lisboa, Imprensa Nacional da Casa da Moeda.WIeLaND, W. (19992, = 1982). Platon und die Formen des Wissens. Göttingen, Vandenhoeck & ru-precht

Downloads

Publicado

2016-08-25

Como Citar

Casertano, G. (2016). A reminiscência no Fédon. Revista Archai, (18), 17. https://doi.org/10.14195/1984-249X_18_1